O banco liderado por Fernando Ulrich, através do fundo de pensões, tem vindo a reforçar a posição na PT Multimédia, passando a controlar mais de 5% do capital. Com este movimento, o BPI antecipa o "spin off" e garante os votos máximos permitidos pelos estatutos da empresa. O BPI segue assim o exemplo de Berardo que reforçou para mais de 2%.

O fundo de pensões do Banco BPI adquiriu, no dia 28 de Fevereiro, 285.000 acções representativas do capital social da PT Multimédia [PTM], segundo informação enviada pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No mesmo documento consta que a instituição bancária, na sessão de bolsa de 5 de Março, comprou mais 80.000 acções da PTM, através do seu fundo de pensões. Após o dia 28 de Fevereiro, o BPI adquiriu adicionalmente mais 267.000 acções.

Após estas compras, passou a ser imputado ao banco quase 16 milhões de acções da dona da TV Cabo, representativas de 5,16% do capital.

Com este reforço, o BPI garante 5% dos direitos de voto da PTM, o máximo permitido pelos estatutos da empresa.

Na última comunicação feita ao mercado, o BPI era dono de apenas 8,4 milhões de acções da Multimédia, correspondentes a 2,72% do capital.

As acções da PTM negociavam em alta pela terceira sessão consecutiva, tendo esta manhã atingido um novo máximo de seis anos nos 11,17 euros. Os títulos seguem com um ganho de 1,19% para os 11,09 euros.

Depois de falhada a oferta pública de aquisição (OPA) sobre a PT e sobre a PTM, a administração da PT prometeu avançar com um "spin off" das acções da Multimédia, na proporção de 16 acções da PTM por cada lote de 100 acções da PT.

A tranche a ser alienada, de 58,43%, está nas mãos da PT que controla ainda mais 10,61% através de contratos de "equity swap" firmados com o Barclays.

O Banco Espírito Santo (BES) e a Colaney Investments Limited detém ainda 2,72% e 2,24% da empresa. Recentemente, também passou a ser imputado a Joe Berardo uma posição de 2,18%.