A elevada produção eléctrica a partir de fontes renováveis que Portugal regista este ano tem implicado uma fraca actividade das centrais térmicas, com custos para o sistema eléctrico nacional e, em última análise, para os consumidores finais. De Janeiro a Setembro deste ano, instrumentos como os contratos de aquisição de energia (CAE) e os custos de manutenção do equilíbrio contratual (CMEC) somam uma factura de 305 milhões de euros.

Esses instrumentos existem, genericamente, para proteger dezenas de centrais eléctricas (entre barragens, centrais a carvão e ciclos combinados a gás) das flutuações do mercado, garantindo fluxos previsíveis de receita.