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Aviões eléctricos? Sim. Mas só para lazer

A aviação com base apenas em motores eléctricos não é possível para utilização comercial, na opinião de Fernando Pinto, da TAP. Apenas o uso para lazer, com aparelhos de menor ocupação, poderá aproveitar a tecnologia. Os biocombustíveis são o futuro a médio prazo, diz o empresário.

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Os biocombustíveis podem ser uma realidade mais forte na aviação no médio prazo, considera Fernando Pinto, CEO da TAP. O uso de motores eléctricos só é viável para a aviação de lazer, acrescentou.

A aviação, sector que está sob um plano europeu de redução das emissões de carbono a partir de 2012, vai ter de se adaptar aos biocombustíveis, disse quarta-feira Fernando Pinto, na conferência realizada em parceria pelo ISCTE, Clube ISCTE e BP Portugal. É uma adaptação que irá acontecer no “médio prazo”.

O CEO da BP Portugal, Francisco Vieira, considerou também que, neste momento, os biocombustíveis e a aviação “ainda não se casam bem”.

Fernando Pinto acredita, ainda assim, que a próxima geração de aviação irá já entregar aviões que reduzem “significativamente” a intensidade energética. O CEO da transportadora portuguesa diz que a empresa tem tentado diminuir o consumo de combustível, garantindo que a última parte da frota adquirida resultou num consumo 20% inferior aos anteriores.

Os combustíveis têm um peso grande nas contas das empresas do sector e, no caso da TAP, o CEO indicou que contavam para 35% dos custos. E, no que diz respeito a 2012, disse mesmo que os preços já tinham superado o estimado.

Sobre os aviões eléctricos, Fernando Pinto, na sua apresentação, deixou uma questão: “Tecnologia evolucionária ou radical?”.

O empresário indicou que os aviões sob uma tecnologia de motores eléctricos não terão capacidade para suportar vias comerciais, devido ao número elevado de passageiros a transportar.

Pelo contrário, é uma tecnologia viável para a utilização de aviação de lazer, já que conseguem transportar um reduzido número de passageiros, defendeu. "Pode vir a ser esse o futuro da aviação de lazer", disse.

Ainda assim, no início da apresentação na conferência, Fernando Pinto tinha deixado uma questão: "Quando falamos do futuro, estamos certos?"
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