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Audax – Negócios à Prova pré-selecciona 50 candidaturas

Feita a análise às fases de candidatura e pré-selecção, houve resultados surpreendentes, segundo a organização. Em matéria de referências, o Hi5 foi a fonte de consulta que mais se destacou, com 1.522 referências, seguido dos sites do ISCTE e Audax/ISCTE,

08 de Novembro de 2007 às 16:58
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Foram 260 as candidaturas apresentadas entre 9 de Julho e 22 de Outubro ao concurso televisivo Audax – Negócios à Prova, promovido pelo ISCTE e a RTP2. Dessas, 184 foram validadas e, depois de uma primeira fase de pré-selecção, estão agora 50 projectos em cima da mesa. Na segunda fase de avaliação serão escolhidos os 30 que vão estar à prova na RTP2, além de três suplentes.

Feita a análise às fases de candidatura e pré-selecção, houve resultados surpreendentes, segundo a organização. Em matéria de referências, o Hi5 foi a fonte de consulta que mais se destacou, com 1.522 referências, seguido dos sites do ISCTE e Audax/ISCTE, do Google e do Canal de Negócios.

Houve 2.613 downloads da página de inscrição, o que revela uma forte intenção de participação no concurso. Em termos de caracterização geográfica das candidaturas, Lisboa (32,6%), Santarém (10,7%) e Setúbal (8,2%) contaram com 50% das propostas. Segundo Carlos Gonçalves, professor no ISCTE e presidente do júri, o Norte não teve um peso tão grande quanto se esperava, com apenas 17,1% do total.

Concorreram mais homens (64%) do que mulheres (36%), mas elas têm maior capacidade de presença, afirmação e comunicação, afirmou Jorge Wemans, director da RTP2. "São o sexo forte", defendeu.

O maior peso relativo foi dos estudantes (30%), seguidos dos empresários (11%). Em matéria de idades dos proponentes, a faixa etária dos 18 aos 35 anos contribuiu com cerca de 70% das propostas.

Por sector de actividade, os serviços destacaram-se significativamente com 38,5% dos projectos propostos. A chamada de atenção, contudo, esteve no facto de haver uma grande representatividade de todas as áreas. Mesmo a agricultura e pecuária, embora com apenas 0,8%, esteve representada. "O sector dos serviços tem 75% do peso no PIB e emprego em Portugal. Por isso, a forte presença deste sector nas candidaturas está perfeitamente alinhada com o que se passa ao nível da economia", comentou Carlos Gonçalves ao "Jornal de Negócios". E salientou as situações de negócio em que o proponente cria o seu próprio emprego, cenário que também aqui sucede, havendo desempregados a concorrer ao "Negócios à Prova". Uma outra curiosidade é o facto de haver concorrentes que já acabaram os seus estudos há bastante tempo e outros que não tiveram formação académica superior, o que mostra que "o mais importante é aparecerem ideias, fazer uma aposta no empreendedorismo".

De salientar que os projectos que ficam de fora podem vir a ser viabilizados por outras vias. Com efeito, segundo Jorge Wemans, aqueles que não foram seleccionados poderão não acabar aqui. "Podem ser estudados noutros âmbitos pelas instituições parceiras do concurso", salientou.

A terceira fase de avaliação vai analisar os projectos em três vertentes: ver como é apresentada a ideia do projecto; avaliar a ideia e o perfil do promotor; e avaliar o plano de negócio. Neste processo, são vários os factores de avaliação: analisar a qualidade de competências e know-how relativamente ao negócio que se popõem desenvolver, ver se o projecto é inovador e se tem mercado, analisar a facilidade de implementação da ideia e a resistência dessa ideia a alterações de contexto. Estará igualmente em análise a capacidade que há de avançar com a ideia, bem como as competências de gestão dos promotores.

"Na TV vai ver-se também a capacidade de comunicação do promotor e de defesa da sua ideia perante o júri", sublinhou o presidente do ISCTE, Luís Reto.

Os 30 projectos seleccionados serão conhecidos no final deste mês, mas o programa televisivo só estará em grelha no primeiro trimestre de 2008, segundo o director da RTP2. "É necessário um tempo de preparação mais alargado do que os concursos televisivos actuais, uma vez que este envolve muitas variáveis. Há que esperar pelo menos até Fevereiro para estar em grelha", afirmou Jorge Wemans.

O programa consiste em 10 sessões de apresentações – com emissões de 30 minutos - e numa finalíssima. Em cada uma das sessões serão apresentados três projectos, havendo um vencedor em cada emissão. Da grande final, na 11ª sessão, sairá o vencedor do concurso – que será premiado com 50 mil euros, valor a ser aplicado na criação de uma sociedade comercial associada à implementação no terreno da iniciativa empresarial distinguida, num prazo máximo de seis meses após a conclusão do concurso.

O concurso, que será apresentado por Sérgio Figueiredo e do qual o Jornal de Negócios é media partner, tem o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos e da Portugal Telecom, contando também com o Taguspark como apoiante. O parceiro institucional é o IAPMEI e entre os parceiros universitários estão representadoss sete estabelecimentos de ensino.

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