O atraso na aplicação das novas tarifas de terminação móvel, que só entraram em vigor a 23 de Agosto é “potencialmente positivo” para a Portugal Telecom e “potencialmente negativo” para a Sonaecom, acreditam os analistas da Espírito Santo Research (ESR). Também os analistas do BPI consideram que esta notícia tem um impacto “ligeiramente positivo” para a operadora liderada por Zeinal Bava.

Tal como o Negócios avançou ontem, as novas tarifas de terminação móvel só entraram em vigor a 23 de Agosto, de acordo com um entendimento da Anacom, depois de alguns operadores terem pedido à Anacom que esclarecesse quando tinham entrado em vigor as novas tarifas de terminação.

Para os analistas Nuno Matias e Sandra Sousa, da ESR, este desenvolvimento é "potencialmente positivo para a PT e potencialmente negativo para a Sonaecom”, frisando que apesar de ter um impacto “residual” em termos de avaliação.

“O facto de que as novas tarifas tenham tido efeito apenas no final de Agosto também significa que a assimetria favorável à Optimus (Sonaecom) chegou mais tarde do que o inicialmente esperado (15 de Julho-data da decisão inicial)” referem os analistas da ESR.

Estes responsáveis acrescentam que, nesse período, a companhia apresenta os seus resultados do terceiro trimestre de 2008 pelo que “o impacto positivo da assimetria nas tarifas de terminação móvel será menor do que a empresa estava provavelmente à espera”, sendo que o contrário se aplica à PT.

Estes analistas têm uma recomendação de “comprar” e um preço-alvo de 9,20 euros para a PT.

Já o analista do BPI, Ricardo Pimentel Seara, que recomenda “comprar” as acções da operadora com um preço-alvo de 10,50 euros, avança que este atraso implica “um impacto negativo ligeiramente mais baixo para a PT”, o que é “ligeiramente positivo” para a companhia.

As acções da PT seguiam a subir 0,45% para os 7,415 euros.