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António Costa anuncia que ponte Chelas-Barreiro será rodo-ferroviária

O presidente da Câmara de Lisboa anunciou hoje que a nova travessia sobre o Tejo, entre Chelas e Barreiro, será rodo-ferroviária, defendendo que parte das receitas das portagens devem reverter para a melhoria dos transportes públicos.

03 de Abril de 2008 às 13:34
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O presidente da Câmara de Lisboa anunciou hoje que a nova travessia sobre o Tejo, entre Chelas e Barreiro, será rodo-ferroviária, defendendo que parte das receitas das portagens devem reverter para a melhoria dos transportes públicos.

O anúncio da decisão sobre a localização da nova travessia deverá ser formalizado pelo Governo hoje, após a reunião do Conselho de Ministros, mas o presidente da Câmara da capital, António Costa, avançou aos jornalistas ter indicações do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, de que a opção do executivo de José Sócrates será uma ponte entre Chelas e o Barreiro, conjugando rodovia com a ferrovia.

"Um dos problemas colocados com a nova travessia rodoviária é potenciar o aumento de viaturas que vêm para a cidade, o que seria negativo. Isso exige compensações, com a intervenção na rede rodoviária, mas exige sobretudo uma nova política de promoção do transporte público", disse Costa (PS), em conferência de imprensa nos Paços do Concelho.

Uma das propostas da autarquia, indicou, passa pela atribuição de uma verba a ser retirada "do conjunto das receitas das portagens das vias de acesso" à capital destinada a "financiar o desenvolvimento do transporte público, que em Lisboa infelizmente não é gerido pela Câmara, mas pelo próprio Estado".

Para identificar as intervenções que serão necessárias na rede viária da capital com a construção da nova ponte, foi entretanto criado um grupo de trabalho com o Ministério das Obras Públicas, referiu António Costa.

O autarca sublinhou que essas intervenções não se limitam à zona do ponto de amarração da nova ponte, que será na freguesia de Marvila, mas no conjunto da cidade.

Segundo António Costa, existe já um estudo do Ministério das Obras Públicas sobre a avaliação do impacto da componente rodoviária da nova travessia que estabelece a necessidade das intervenções no conjunto da rede viária da cidade.

O presidente da câmara frisou que os investimentos na rede viária da capital constarão no caderno de encargos da nova ponte.

António Costa considerou que a decisão do Governo de se basear num estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que disse não conhecer mas no qual afirmou confiar, foi a "metodologia correcta".

Questionado sobre se uma ponte exclusivamente ferroviária seria mais benéfica para a capital, António Costa respondeu que a localização do aeroporto na margem Sul implicaria necessariamente que a nova travessia tivesse uma componente rodoviária.

"É necessário avançar com o aeroporto e para que ele avance é necessário uma nova travessia", sublinhou.

António Costa acrescentou que a construção desta ponte rodo-ferroviária já era a solução prevista no Plano Regional de Ordenamento do Território.

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