A Altri registou um resultado líquido de 55,3 milhões de euros no ano passado, o que representou uma subida de 6,1% face aos 52,2 milhões de 2012, anunciou o grupo em comunicado enviado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As receitas da produtora de pasta de papel subiram 5,5% para os 572,6 milhões de euros, tendo sido “vendido um volume recorde, que ascendeu a cerca de 964 mil toneladas de pasta, mais 4,5% do que as vendas de pasta realizadas no período homólogo de 2012”, sublinha a Altri, liderada por Paulo Fernandes (na foto).

No comunicado, a Altri salienta ter reforçado o seu posicionamento como uma empresa exportadora, num sector de elevado valor acrescentado para o País. “As vendas da empresa para os mercados externos atingiram 94% das vendas totais de pasta de papel, equivalente a um volume de vendas de cerca de 450 milhões de euros e a 907 mil toneladas”, refere o grupo, que continua a ter a Europa como principal região de destino das vendas, representando 85% do total. Para a Ásia seguiram, por seu lado, 8% das vendas.

Já os custos aumentaram 7,9% para 431,2 milhões, tendo o EBITDA da empresa atingido 141,6 milhões de euros, menos 1,2% do que em 2012. A margem EBITDA atingiu 24,7% neste período.

Em 2013, a empresa realizou investimentos totais de 16,1 milhões de euros, tendo reduzido o endividamento líquido em 57 milhões de euros face a Dezembro de 2012 para 563,2 milhões de euros. O rácio de dívida líquida sobre o EBITDA nos últimos quatro trimestres situou-se em 3,9x.

Relativamente às perspectivas para 2014, a Altri refere que estão em curso um conjunto de pequenos investimentos que visam optimizar e aumentar a capacidade produtiva da Celbi e da Caima, cuja conclusão se prevê para entre o final de 2014 e o início de 2015. “A Caima, após a conclusão do projecto de conversão para pastas de sector de especialidades, produzirá cerca de 105 mil toneladas. Por seu turno, a Celbi passará a deter uma capacidade instalada de produção superior a 700 mil toneladas de pasta branqueada do tipo BEKP”, acrescenta.

O grupo diz ainda estar a desenvolver um conjunto de projectos de reforço da eficiência operativa que visam reduzir os custos unitários de produção, nomeadamente ao nível dos custos variáveis, em particular consumos específicos.