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Air Luxor vai dispensar maioria dos funcionários

A Air Luxor começou hoje a chamar, um a um, os 48 funcionários que ainda permanecem na companhia, para negociar rescisões por mútuo acordo, mantendo apenas os trabalhadores das áreas de recursos humanos e financeira, disse à Lusa fonte da empresa.

16 de Novembro de 2006 às 14:51
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A Air Luxor começou hoje a chamar, um a um, os 48 funcionários que ainda permanecem na companhia, para negociar rescisões por mútuo acordo, mantendo apenas os trabalhadores das áreas de recursos humanos e financeira, disse à Lusa fonte da empresa.

Segundo a fonte, os 48 funcionários que permanecem na sede da empresa, no Alto da Barra, não receberam ainda o salário do mês de Outubro, tendo sido hoje informados de que 31 deles serão dispensados.

A empresa está a propor acordos semelhantes aos que tentou negociar com o pessoal de cabine e que prevêem o pagamento faseado das indemnizações a partir de Abril de 2007, disse a mesma fonte, afirmando desconhecer qual será a posição dos funcionários.

Num contacto realizado pela agência Lusa no início da semana, o director de Recursos Humanos da Air Luxor mandou dizer, por uma secretária, que a empresa não prestava informações sobre a situação.

Também o endereço de correio electrónico pelo qual eram encaminhados os contactos com a administração da Air Luxor está inactivo.

O pessoal de cabine, quase na totalidade associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), consideraram a proposta de mútuo acordo, feita em Outubro, "pouco clara" e apresentaram uma contra-proposta que, segundo o sindicato, não mereceu resposta da Air Luxor.

Os 60 tripulantes optaram por pedir a suspensão do contrato com a empresa, depois de obtida uma declaração comprovativa dos salários em atraso, indo avançar com os trâmites legais para "exigirem os créditos a que têm direito", disse à Lusa, no início deste mês, a vice-presidente do SNPVAC, Inês Drummond.

No passado dia 25 de Outubro, os responsáveis da Air Luxor reuniram-se com os funcionários para lhes comunicarem os novos projectos da companhia, prometendo a distribuição de 5% dos lucros pelos trabalhadores quando a empresa fosse rentável.

O presidente da Air Luxor, Vítor Manuel Pinto da Costa, anunciou recentemente que ia transformar a empresa numa low-cost, prometendo arrancar com ligações entre São Tomé e Lisboa com um avião A320 que seria adquirido pela Longstock.

A Air Luxor foi adquirida no início de Julho à família Mirpuri pela Longstock que, segundo Pinto da Costa, se dedica a comprar companhias em dificuldades financeiras para depois as vender e da qual é sócio juntamente com dois accionistas canadianos.

Em meados de Setembro, o Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) retirou à Air Luxor o certificado de operador aéreo, o mesmo acontecendo às suas participadas guineense e são-tomense, Air Luxor GB e Air Luxor STP.

Segundo a fonte contactada hoje pela Lusa, as comunicações fixas foram cortadas e os funcionários têm ido todos os dias trabalhar sem que lhes sejam dadas tarefas.

Já em Abril, antes da venda da empresa, a Air Luxor tinha dispensado 150 funcionários.

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