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Água de Monchique suspende produção para modernizar fábrica
Um ano após a paragem forçada pelo incêndio florestal, a empresa algarvia volta a interromper a produção para substituir linhas de engarrafamento da unidade industrial, num investimento de 7,8 milhões de euros.
A Sociedade da Água de Monchique, que explora a concessão pública da água mineral daquela região desde 1992, vai interromper a produção até dezembro para concretizar a substituição das atuais linhas de engarrafamento por "novas opções mais modernas" que vão "melhorar a performance da empresa".
Em resultado de um investimento de 7,8 milhões de euros para requalificar e modernizar a unidade fabril nas Caldas de Monchique, a empresa algarvia vai mesmo parar mesmo o fornecimento de água ao mercado. Numa nota de imprensa, garante que os garrafões de 5 litros regressam às prateleiras no último mês do ano e os restantes formatos apenas no início de 2020.
"Esta paragem vai permitir-nos regressar ao mercado com mais força e maior capacidade de cobertura geográfica. [O investimento] é fundamental para a viabilidade e futuro da empresa. Permitir-nos-á atingir a liderança do mercado da água em Portugal, reforçar a solidez da empresa, aumentar a capacidade de exportação e fazer crescer a nossa marca", resume o CEO da Água de Monchique, Vítor Hugo Gonçalves.
Em março, durante uma visita do secretário de Estado da Economia, João Neves, o gestor estimou que este investimento vai mais que dobrar – de 9 mil para 23 mil garrafas por hora – a capacidade de produção na fábrica, onde trabalham mais de três dezenas de pessoas, e permitir também a entrada num novo segmento de mercado: a água engarrafada em vidro.
Reclamando uma quota de mercado de 8,2% no final do ano passado, a Sociedade da Água de Monchique reportou lucros de 3,3 milhões de euros no último exercício, apesar de o volume de negócios ter baixado dos 9 milhões registados em 2017 devido à paragem da produção durante dez dias, forçada pelo incêndio que atingiu aquela zona no verão de 2018.