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Agricultura e imobiliário lideram criação de novas empresas em Portugal

A criação de empresas está a aumentar, ao mesmo tempo que descem o número de encerramentos e insolvências.

Paulo Duarte
13 de Julho de 2017 às 14:14
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No primeiro semestre deste ano foram constituídas 21.749 empresas em Portugal, o que representa um aumento de 5,8% face ao mesmo período do ano passado.

 

De acordo com o Barómetro Informa D&B referente ao primeiro semestre, o número de encerramentos baixou 3,2%, para 6.620, enquanto as insolvências registaram uma queda mais pronunciada (-24,7% para 1.406).

 

A consultora detalha que os sectores da Agricultura, pecuária, pesca e caça e das Actividades imobiliárias são aqueles que registam o rácio mais alto entre nascimentos e encerramentos quando observados os últimos 12 meses

 

Por cada empresa de imobiliário que encerrou foram criadas cinco novas, enquanto na agricultura o rácio é de 4,3. No sector da agricultura foram criadas 1.104 novas empresas, o que traduz um crescimento de 24%, o mais elevado entre todos os sectores. No imobiliário o crescimento foi de 21,9%, o que reflecte o forte crescimento do sector.

 

"O grande número de novas empresas do sector imobiliário e dos serviços na capital são um dos motivos que conduziu o distrito de Lisboa a registar um forte crescimento entre 1 de Janeiro e 30 de Junho, com 7.113 constituições de empresas e outras organizações, uma subida de 12,6% face ao mesmo período de 2016, mantendo-se a tendência de crescimento já verificado desde 2013", refere o Barómetro Informa D&B.

 

"É importante salientar que esta vaga de empreendedorismo é fundamental pelo contributo que traz à economia, quer em inovação, quer em emprego; se quisermos ser mais cirúrgicos, é essencial observar o que se passa nas dinâmicas sectoriais, pois é aí que encontramos as tendências sobre os sectores que estão de facto a crescer e a liderar a evolução na economia’, segundo Teresa Cardoso de Menezes, directora geral da Informa D&B.

 

A consultora salienta que os encerramentos estabilizaram a descida no segundo trimestre deste ano, enquanto as novas insolvências mantêm a descida já iniciada em 2013 e generalizada ao longo do país e sectores.

 

A percentagem de empresas que cumprem os prazos de pagamento acordados iniciou uma ligeira melhoria desde Outubro de 2016 "mas mantém-se em valores ainda reduzidos (17,7%)". Já o "atraso médio de pagamento manteve-se nos 27 dias, valor idênticos aos dos últimos 6 meses".

 

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