Notícia
Agravamento dos juros leva bancos a perderem 1,2 mil milhões numa semana
Os três maiores bancos portugueses perderam um total de quase 1,2 mil milhões de euros, com as desvalorizações que sofreram desde a passada segunda-feira, altura em que se agravaram os juros da dívida portuguesa, devido aos receios de que a crise orçamental grega contagie outros países da Zona Euro.
27 de Abril de 2010 às 11:38
Os três maiores bancos portugueses perderam um total de quase 1,2 mil milhões de euros, com as desvalorizações que sofreram desde a passada segunda-feira, altura em que se agravaram os juros da dívida portuguesa, devido aos receios de que a crise orçamental grega contagie outros países da Zona Euro.
Desde segunda-feira da semana passada os juros das obrigações portuguesas a dez anos subiram 70,5 pontos base para 5,285%, o que poderá vir a implicar um crescimento dos custos de financiamento dos bancos portugueses.
Os títulos do BCP são os mais penalizados e negoceiam nos 0,702 euros, ao descerem 3,31% na sessão de hoje e prepara-se para acumular uma perda de 12,9% no conjunto de sete sessões que terminam hoje. As acções BES descem 2,54% para 3,41 euros na sessão de hoje e poderão encerrar com perdas de 12,3% no mesmo período, enquanto o BPI recua 2,45% para 1,715 euros, mas no período em causa desce “apenas” 9,1%.
Em termos de valor absoluto, o Banco Espírito Santo, com a maior capitalização bolsista, perde 560 milhões de euros e o BCP desvaloriza 478,8 milhões de euros. O banco liderado por Fernado Ulrich, que dos três é o banco com menor dimensão e o menos pressionado pela subida dos juros desvaloriza 153,9 milhões de euros. No total, os três bancos viram o seu valor decrescer em 1,19 mil milhões de euros.
A taxa de juro (“yield”) das obrigações portuguesas está a acompanhar o agravamento dos custos de financiamento da Grécia, que enfrenta custos de financiamento demasiado elevados, com os investidores a quase incorporarem parte do custo de uma reestruturação da dívida nos preço das obrigações.
A Grécia necessita de refinanciar 11,3 mil milhões de euros da sua dívida até ao final de Maio, o que levou a remuneração das obrigações com maturidade a dois anos a ultrapassar os 13, durante a sessão de ontem. A subida dos juros levou a Grécia a pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional e à União Europeia, e os investidores receiam agora que essa ajuda não seja suficiente para evitar o contágio da crise orçamental a países como Portugal e Espanha.
Desde segunda-feira da semana passada os juros das obrigações portuguesas a dez anos subiram 70,5 pontos base para 5,285%, o que poderá vir a implicar um crescimento dos custos de financiamento dos bancos portugueses.
Em termos de valor absoluto, o Banco Espírito Santo, com a maior capitalização bolsista, perde 560 milhões de euros e o BCP desvaloriza 478,8 milhões de euros. O banco liderado por Fernado Ulrich, que dos três é o banco com menor dimensão e o menos pressionado pela subida dos juros desvaloriza 153,9 milhões de euros. No total, os três bancos viram o seu valor decrescer em 1,19 mil milhões de euros.
A taxa de juro (“yield”) das obrigações portuguesas está a acompanhar o agravamento dos custos de financiamento da Grécia, que enfrenta custos de financiamento demasiado elevados, com os investidores a quase incorporarem parte do custo de uma reestruturação da dívida nos preço das obrigações.
A Grécia necessita de refinanciar 11,3 mil milhões de euros da sua dívida até ao final de Maio, o que levou a remuneração das obrigações com maturidade a dois anos a ultrapassar os 13, durante a sessão de ontem. A subida dos juros levou a Grécia a pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional e à União Europeia, e os investidores receiam agora que essa ajuda não seja suficiente para evitar o contágio da crise orçamental a países como Portugal e Espanha.