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Administração do Taguspark sem condições para continuar em funções

O vice-presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, considerou hoje, em declarações à agência Lusa, que a administração do Taguspark "não tem condições para continuar", devido "ao clima de desconfiança criado pelas últimas notícias".

26 de Abril de 2010 às 18:51
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O vice-presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, considerou hoje, em declarações à agência Lusa, que a administração do Taguspark "não tem condições para continuar", devido "ao clima de desconfiança criado pelas últimas notícias".

"Depois de todas as notícias sobre a administração do Taguspark, fica um clima de desconfiança", explicou o autarca.

A Câmara de Oeiras, "como accionista de referência, não tem confiança na administração. E uma administração sem confiança dos seus accionistas dificilmente conseguirá levar para diante a gestão e o programa estratégico de uma sociedade como o Taguspark", afirmou Paulo Vistas.

Para o vice-presidente, a "desconfiança" existe devido ao comportamento da administração que tem tido "um conjunto de comportamentos sem o conhecimento da Câmara de Oeiras".

O vice-presidente da Câmara de Oeiras disse "estar convencido de que a própria administração se vai demitir na próxima Assembleia Geral", agendada para 4 de Maio.

Hoje, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, esteve reunido com vários parceiros e com o presidente do conselho executivo de administração daquele pólo tecnológico, Américo Thomati, para "analisar as ultimas notícias e se inteirar da posição dos restantes accionistas".

Segundo Paulo Vistas, "tudo depende desta reunião de hoje", já que "os esclarecimentos por parte da administração e o concertar de posições com os diferentes accionistas podem resolver a situação".

O Ministério Público (MP), concluiu que os administradores da Taguspark Rui Pedro Soares, João Carlos Silva e Américo Thomati, no contrato com Luís Figo, agiram por "interesses estranhos e contrários" à empresa, "utilizando-a para beneficiar terceiro", num "apoio político-partidário".

Os três administradores foram constituídos arguidos, por alegadamente terem cometido, em co-autoria, um crime de corrupção passiva para ato ilícito. O futebolista não foi constituído arguido.

A investigação deste caso resultou de escutas telefónicas do processo Face Oculta, estando em causa contrapartidas que a PT e a Taguspark terão dado a Luís Figo para este apoiar a campanha de José Sócrates a primeiro ministro, nas legislativas de 2009.

No âmbito do processo, estão a ser investigados os alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com empresas do sector empresarial do Estado e empresas privadas.

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