O Conselho de Administração da Efacec concorda com as condições constantes da oferta pública de aquisição sobre as suas acções e considera que a iniciativa é um reconhecimento da obra de todos os colaboradores, revelou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo o relatório do Conselho de Administração, a contrapartida oferecida na operação em análise (3,15 euros por acção) «representa um acréscimo de 30% face à cotação média ponderada dos últimos seis meses da acção da sociedade que deverá ser considerado como um incentivo significativo de remuneração dos actuais accionistas que venham a aceitar a oferta, face a condições normais de venda».

Para além disso, o grupo estará «melhor colocado» para desenvolver o seu potencial ao «reforçar» a sua ligação a dois «relevantes» grupos económicos, onde o aprofundamento das sinergias e benefícios daí recorrentes «serão mais consistentes e profícuos para os negócios nos exigentes mercados onde o grupo Efacec desenvolve a sua actividade», explica o comunicado.

A empresa sublinha ainda que, uma vez que a oferta foi lançada por dois grupos económicos que já conheciam «profundamente» a sociedade «consideramos que as faculdades de plena prossecução do ano de negócios e perspectivas futuras da sociedade poderão ser potenciadas com benefícios para todas as partes envolvidas, nomeadamente para os seus clientes, colaboradores, accionistas e para a economia portuguesa».

Neste sentido, a empresa «concorda com a oportunidade e com as condições constantes» do anúncio preliminar de lançamento, pela sociedade Tecnoholding de oferta pública de aquisição sobre as acções da sociedade, e considera que tal iniciativa é «um reconhecimento da obra que todos os colaboradores da Efacec vêm desenvolvendo e simultaneamente uma responsabilidade acrescida face ao potencial futuro da sociedade».

A Tecnoholding, empresa detida pela Têxtil Manuel Gonçalves e o Grupo José de Mello que lançou uma oferta pública de aquisição sobre Efacec no dia 27 de Setembro, anunciou dia 13 deste mês que reforçou a posição na empresa para 74% dos direitos de voto.

A Efacec comunicou ainda separadamente à CMVM que o seu administrador, Guilherme Ricca Gonçalves vendeu, no dia 20 de Outubro, 2.700.000 acções de que era titular.

As acções da Efacec caíam 0,32% para os 3,15 euros.