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Ações da H&M derrapam 14% com previsão de queda nas vendas em junho

A empresa de "fast-fashion" justifica o recuo nas vendas com mudanças climatéricas, que pode pôr em causa os objetivos da empresa para 2024. Apesar de terem crescido abaixo do esperado, os lucros da H&M aumentaram 52% no segundo trimestre.

24 - H&M – Vestuário
Anna Webber
27 de Junho de 2024 às 13:18
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As ações da H&M chegaram a afundar cerca de 14% durante a sessão desta quinta-feira, depois do grupo ter previsto uma queda nas vendas no mês de junho, que põe em causa a capacidade da empresa atingir o seu objetivo de 10% de margem de lucro em 2024.

A diminuição das vendas no mês de junho deve-se, segundo a empresa, à instabilidade das condições climatéricas que condicionaram a compra de vestuário por parte dos consumidores. Prevê-se que as vendas caiam 6%, em comparação com o período homólogo, o que está a deixar os investidores bastante apreensivos.

Apesar de não ter conseguido alcançar as expetativas do mercado, no segundo trimestre do ano fiscal da H&M, a multinacional contabilizou um lucro de quase cinco mil milhões de coroas suecas (cerca de 443 milhões de euros), o que representa um aumento de 52% em comparação ao período homólogo. Em termos de vendas líquidas, o aumento foi de 3%.

Daniel Ervér, que assumiu o cargo de CEO da empresa em janeiro deste ano, afirmou que o grupo estava numa "situação financeira robusta", apesar de reconhecer os desafios externos que se avizinham e que vão influenciar os custos dos seus produtos. "Estes desafios vão ter um impacto negativo maior do que o esperado no segundo semestre do ano", conclui Ervér.

A H&M perdeu o primeiro lugar no pódio de empresa de moda mais bem cotada no mundo há mais de uma década para a Inditex, dona de marcas como Zara e Bershka. Neste momento, a empresa sueca tem uma capitalização de mercado de 241,59 mil milhões de coroas suecas (21,33 mil milhões de euros), enquanto o da espanhola ascende aos 144,86 mil milhões de euros.

A competição da H&M também tem crescido ao longo dos anos com o aparecimento de novas retalhistas "low-cost", como é o caso da Shein e da Temu. A estratégia do grupo de moda tem passado por aumentar as margens de lucro da empresa em detrimento de um crescimento de vendas, o que passa por encerrar lojas e aumentar preços.
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