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Acções da VW recuam mais de 5% com fim da “Lei Volkswagen”
As acções da Volkswagem seguiam em queda acentuada, tendo chegado a perder mais de 5%, depois de ter sido conhecida a decisão do Tribunal Europeu de colocar um ponto final na chamada “Lei Volkswagen”, uma medida saudada pela Porsche, a maior accionista da
As acções da Volkswagem seguiam em queda acentuada, tendo chegado a perder mais de 5%, depois de ter sido conhecida a decisão do Tribunal Europeu de colocar um ponto final na chamada "Lei Volkswagen", uma medida saudada pela Porsche, a maior accionista da fabricante alemã de automóveis.
Os títulos da maior construtora automóvel da Europa seguiam a desvalorizar 4,7% para cotar nos 172,87 euros, tendo perdido um máximo de 5,09% durante a sessão de hoje, interrompendo desta forma uma série de cinco sessões consecutivas de ganhos. Ontem as acções da empresa avançaram mais de 2%.
A queda das acções surge depois do Tribunal Europeu ter considerado ilegal a "Lei VW" que protege a fabricante de ofensivas estrangeiras, ao garantir aos accionistas públicos – do Estado federal e do Estado federado da Baixa Saxónia – uma capacidade de intervenção na gestão superior à que corresponde à sua posição no capital da VW.
Os juízes consideraram que a "Lei Volkswagen" constitui uma restrição aos movimentos de capitais entre estados-membros, violando, deste modo, uma das principais premissas subjacentes à construção da União Europeia.
A decisão do Tribunal Europeu foi recebida com agrado pela Porsche. A fabricante de Estugarda, maior accionista da Volkswagen, saudou a revogação da "Lei VW" já que desta forma poderá passar a exercer a totalidade dos seus direitos de voto na fabricante alemã.
A Porsche controla, actualmente, 31% do capital da VW ( sendo que os seus direitos de voto na VW estavam limitados a 20%), depois de ter lançado uma OPA sobre a empresa. Wendelin Wiedeking, CEO da Porsche, afirmou no mês passado que pretendia continuar a aumentar "significativamente" a sua posição na VW.
Esta perspectiva poderia impulsionar a cotação da VW após a decisão do Tribunal, no entanto, tal não está a acontecer. Os analistas justificam a descida com o facto de a Porsche não necessitar de comprar a totalidade do capital da VW para conseguir controlar a empresa já que, tendo em conta a reduzida participação nas últimas assembleias gerais da VW, a Porsche já consegue fazê-lo.
Outro factor apontado pelos especialistas citados pela Bloomberg é o facto de a cotação da VW já estar bastante inflacionada e que a empresa necessita de dar provas de crescimento para justificar a cotação actual, impulsionada pela especulação em torno de uma possível movimentação da Porsche.