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Accionistas da SDC Investimentos aprovam saída de bolsa

Os accionistas da SDC Investimentos aprovaram esta terça-feira por maioria a perda da qualidade de sociedade aberta.

Bruno Simão/Negócios
Maria João Babo mbabo@negocios.pt 27 de Fevereiro de 2018 às 18:14

Os accionistas da SDC Investimentos, que ainda detêm uma participação de 33,3% na Soares da Costa Construção, aprovaram esta terça-feira, em assembleia-geral, a perda da qualidade de sociedade aberta.

 

A sociedade, controlada agora pela Investéder de António Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos, convocou uma assembleia-geral extraordinária com o objectivo de deliberar a saída de bolsa, propondo uma contrapartida de 7,12 cêntimos por acção.

 

Em comunicado, a SDC Investimentos informa que na assembleia-geral estiveram presentes ou representados accionistas detentores de 90,381% do capital e direitos de voto. A deliberação para a saída de bolsa foi tomada por maioria de 90,355% dos direitos de voto e com 0,026% contra. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários tem ainda de se pronunciar.

 

O pedido para a cotada sair de bolsa, que a Investéder já tinha admitido que pretendia realizar, surge depois de a "holding" detida pelos gestores da empresa ter superado a fasquia dos 90% no capital da SDC, num reforço alcançado em Janeiro, depois de concretizado um aumento de capital. Na altura a operação foi feita por um preço de 2,7 cêntimos por acção.

 

No início de Fevereiro, quando a AG foi convocada, António Castro Henriques, presidente da SDC, justificou ao Negócios a decisão com a dimensão e a concentração de capital da empresa, assim como com os custos de manter a sociedade cotada.

 

"Não são compatíveis com uma PME", explicou o responsável, lembrando as exigências e encargos de quem está no mercado de capitais, desde a contratação de auditores externos e o gabinete de relações com investidores às comunicações obrigatórias ao mercado de todos os factos relevantes.

 

Na sequência da entrada do empresário António Mosquito no negócio de construção da Soares da Costa em 2014, a empresa foi autonomizada tendo sido criada a SDC Investimentos, que continuou a ser cotada, e ficou com os restantes negócios do grupo além de uma participação de 33% na construtora. Antes da cisão, a Soares da Costa tinha activos de mil milhões de euros e, explicou Castro Henriques, justificação para estar em bolsa.

 

Hoje a SDC Investimentos tem 50 milhões de euros em activos. "É uma empresa pequena", afirmou, acrescentando que a sociedade não tem dimensão nem necessidades de investimento que justifiquem estar no mercado de capitais.

 

Actualmente, a SDC detém 33,3% da Soares da Costa Construção, que pretende vender, como já esteve em cima da mesa antes de a construtora ter aderido ao Processo Especial de Revitalização. A empresa também já alienou as participações que tinha na área das concessões, tendo ficado apenas com 16,3% do consórcio Elos, que está ainda à espera de receber do Estado uma compensação pela anulação do projecto de alta velocidade.

 

O grupo tem ainda 100% da SDC Imobiliária, sendo agora este o foco do negócio.

 

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