Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

O ritmo das falências vai abrandar?

Omnipresente e quase omnipotente. As falências vão continuar a ser o pano de fundo da economia nacional em 2013. O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Judiciais (APAJ), José Ribeiro Alves, e o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, alinham pelo mesmo discurso: 2013 não vai ser melhor, será muito provavelmente pior.

27 de Dezembro de 2012 às 08:00
  • ...

Omnipresente e quase omnipotente. As falências vão continuar a ser o pano de fundo da economia nacional em 2013. O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Judiciais (APAJ), José Ribeiro Alves, e o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, alinham pelo mesmo discurso: 2013 não vai ser melhor, será muito provavelmente pior.

"Não se vislumbra razões para que haja uma diminuição [das insolvências] quer nas pessoas colectivas, quer nos particulares", afirma Ribeiro Alves. Mas percentualmente quem sofrerá mais? "Estão relacionadas, por cada insolvência de uma empresa, há muitos particulares a falir. Por isso, em termos absolutos talvez se faça mais sentir nas pessoas ".

Já o presidente da CCP, Vieira Lopes, diz que não é expectável "que o ritmo das falências abrande", pode até "pontualmente ser mais alto". O líder associativo defende que as estatísticas escondem os verdadeiros números. "As falências representam 5% ou 10% dos encerramentos. Acontece em muitas situações, haver casos em que o comerciante liquida todas as suas dívidas e fecha portas, sem entrar em insolvência", explica.

Para este responsável, a carga burocrática que se está a colocar sobre as micro e pequenas empresas vai levar muitos empresários a desistir. Até ao início de Dezembro, segundo o Instituto Informador Comercial, quase seis mil empresas pediram a insolvência, o que resulta numa média de 25 pedidos por dia, um aumento de 42% face ao ano passado.

 

 

Revitalizar é pôr o Estado a ser "um só"

Em vigor desde Maio, o Processo Especial de Revitalização (PER) destina-se a permitir a qualquer devedor que, comprovadamente, se encontre em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente, mas que ainda seja susceptível de recuperação, estabelecer negociações com os respectivos credores. Uma das grandes alterações apresentadas por este modelo é o de pôr o Estado a falar a uma só voz, ou seja Fisco e Segurança Social com perspectivas convergentes. De acordo com o que o Negócios tem noticiado, isso nem sempre se verifica no terreno.

O Revitalizar tem ainda disponíveis fundos de recuperação que foram estruturados com dinheiro comunitário e com a ajuda dos bancos. 

Ver comentários
Saber mais falências empresas Outlook 2013
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio