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300 milhões para pesquisa de petróleo no Alentejo

O consórcio liderado pela australiana Hardman Resources e participado pela Partex e pela Galp, que assinaram quinta-feira três contratos com o Estado português para pesquisa e exploração de hidrocarbonetos em águas profundas ao largo da Costa Vicentina, i

03 de Fevereiro de 2007 às 12:40
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O consórcio liderado pela australiana Hardman Resources e participado pela Partex e pela Galp, que assinaram quinta-feira três contratos com o Estado português para pesquisa e exploração de hidrocarbonetos em águas profundas ao largo da Costa Vicentina, irá investir mais de 300 milhões de euros na fase inicial, de oito anos, caso os estudos feitos nos primeiros quatro indiciem que vale a pena avançar para as perfurações.

Se for descoberto petróleo, o Estado ficará com royalties de 7% sobre o barril de crude, disse ao "Diário de Notícias" o director-geral de Geologia e Energia, Miguel Barreto.

O mesmo responsável explicou que por cada contrato estão previsto dois furos obrigatórios após os quatro anos de trabalhos e cada furo pode representar um investimento de 50 milhões de dólares, cerca de (38,5 milhões de euros). Costa e Silva, presidente da Partex, contactado pelo DN não revelou valores, nem pormenores do contrato, mas admitiu que um furo em águas profundas pode rondar aquele valor.

Na sexta-feira passada, em declarações ao Jornal de Negócios Online o administrador da Galp Fernando Gomes dizia que nos primeiros quatro anos o consórcio iria investir cerca de 26 milhões de euros, basicamente em estudos. Só depois desta fase é que as petrolíferas tomarão a decisão de continuar os trabalho de pesquisa por mais quatro anos ou não, adiantou.

Recorde-se que os três contratos assinados atribuem direitos de exploração em três áreas distintas, localizadas no mar, designadas Gamba, Lavagante e Santola, totalizando uma área de 9000 km2.

São os primeiros contratos assinados em Portugal para pesquisa e exploração de hidrocarbonetos na costa portuguesa ao fim de muitos anos, sublinha Miguel Barreto. E deles resultarão os primeiros trabalhos de pesquisa em águas profundas feitos no País, já que outras adjudicações, feitas nos anos 70 e 80, visaram apenas a prospecção na orla costeira, ou seja em águas pouco profundas, ou em terra.

Mas há mais interessados na exploração de petróleo em Portugal. O consórcio formado pela Repsol e pela alemã RWE e um outro liderado pela brasileira Petrobrás e também participado pela Galp e pela Partex propõem-se desenvolver trabalhos do mesmo género na costa portuguesa, mas ainda não existem contratos celebrados com o Estado.

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