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Trabalhadores do Dia/Minipreço agendam greve para agosto contra despedimento

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), o Dia Minipreço quer despedir cerca de 200 trabalhadores e encerrar 20 lojas.

Eduardo Martins/Correio da Manhã
25 de Julho de 2022 às 19:28
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Os trabalhadores do Dia/Minipreço vão realizar uma greve no dia 04 de agosto, contra o despedimento coletivo de 200 trabalhadores e o encerramento de 20 lojas, indicou esta segunda-feira o sindicato.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), o Dia Minipreço quer despedir cerca de 200 trabalhadores e encerrar 20 lojas, decisão que levou hoje os funcionários a realizarem uma concentração junto à sede da empresa.

"Os trabalhadores, concentrados esta manhã junto à sede da empresa, no dia 25 de julho, exigiram a manutenção de todos os postos de trabalho e decidiram convocar greve para 04 de agosto de 2022", indicou, em comunicado, o CESP.

Em declarações à Lusa, Válter Ferreira do CESP disse que estiveram presentes nesta concentração cerca de 40 trabalhadores, lamentando ainda que, até ao momento, a empresa não tenha dado quaisquer esclarecimentos ao sindicato ou aos trabalhadores.

"Os trabalhadores consideram que a situação financeira da empresa é o resultado de uma má gestão, que, particularmente desde 2012, tem vindo a desenvolver políticas de desinvestimento na qualificação e valorização dos trabalhadores e das lojas, com a desvalorização acentuada dos salários e o brutal desinvestimento na requalificação e manutenção das lojas", lê-se na nota da estrutura sindical.

Os trabalhadores consideram ainda que esta gestão, por via da terceirização, um modelo que defendem ser "incompreensível e ruinoso", tem vindo a denegrir a imagem da empresa.

Por outro lado, dizem ser alheios às medidas que a empresa "implementou ou pretende implementar", garantido que os trabalhadores das lojas e armazéns "sempre alertaram para o prejuízo" gerado pelas políticas de gestão da empresa.

"Num momento em que a situação nacional exige medidas no sentido de valorizar o emprego, o trabalho e os trabalhadores, a empresa Dia Portugal segue no sentido contrário, desperdiçando recursos humanos e financeiros que serão canalizados para a destruição de postos e locais de trabalho, descredibilizando ainda mais a imagem da empresa no nosso país", referiram.

Em resposta à Lusa, o Grupo Dia admitiu estar num "momento complexo" devido à conjuntura macroeconómica, garantindo estar a construir um futuro que assegure a "sustentabilidade e rentabilidade" do negócio.

"Sob esta premissa de solidariedade de todos para assegurar as melhores condições, a empresa confia que as decisões tomadas se revistam de um clima de colaboração e diálogo com todas as partes envolvidas", sublinhou.

O grupo disse ainda que o processo incluiu reuniões com todas as partes envolvidas, "num ambiente de respeito", acrescentando estar empenhado em manter "uma operação estável em Portugal, que permita a solvência de todos os que diariamente contribuem para atingir este propósito".


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