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Encerramento de empresas diminuiu 17,2% na Zona Euro. Espanha, Roménia e Portugal são exceções

O Eurostat divulgou números sobre a abertura e encerramento de empresas no último trimestre de 2020. O número de empresas que fecharam portas diminuiu em vários países no final do ano, exceto em Espanha, Roménia e Portugal.

Rui Minderico
03 de Maio de 2021 às 11:57
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Nos últimos três meses do ano, o Eurostat aponta para um decréscimo na constituição de empresas e no número de insolvências, tanto na Zona Euro como na União Europeia (UE). Os dados do gabinete de estatística da União Europeia foram divulgados esta segunda-feira, a partir dos dados disponibilizados de forma voluntária pelos países da UE. Conforme nota o Eurostat, estas estatísticas deverão ser encaradas "de forma experimental", já que não contêm informação sobre todos os países.

Feita a comparação com o mesmo trimestre de 2019, as declarações de insolvência diminuíram 17,9% na União Europeia e 17,2% na Zona Euro. O Eurostat nota que o "número relativamente baixo de insolvências em muitos países" pode ser explicado "pelas medidas implementadas pelos governos para apoiar os negócios durante a crise", situação que poderá ter impedido o encerramento de alguns negócios.

Já estabelecendo a comparação com o trimestre anterior (terceiro trimestre de 2020), foi registado um aumento ligeiro de 0,8% no encerramento de empresas na Zona Euro. Já para a UE, o número de falências baixou 1,2%.

A partir dos dados disponíveis de 14 países, Portugal integra o grupo de três países onde o número de insolvências contrariou a tendência registada e aumentou em comparação com o quarto trimestre de 2019. Em Portugal, as declarações de falência subiram 0,1% no período analisado. Entre a amostra disponível, Portugal é o terceiro país onde foi registado um aumento do fecho de empresas. 

Há quatro trimestres que Portugal vê o número de falências aumentar, contabiliza o gabinete de estatística. O maior aumento trimestral, em termos homólogos, foi registado no terceiro trimestre de 2020 (40,1%).

Entre os 14 países, Espanha é o Estado-membro onde foi registado um maior aumento do número de falências no final de 2020, uma subida de 10,3% em termos homologos. O segundo lugar da lista pertence à Roménia, onde as insolvências cresceram 7,8%.

Em sentido contrário, as maiores reduções no número de empresas que fecharam portas nesse trimestre foram registadas na Lituânia (-58,2%), na Croácia (-47,5%) e em França e na Bélgica (ambas com -40,7%).

Constituição de empresas baixou na UE e na Zona Euro
A covid-19 pôs um travão na tendência de aumento do registo de novas empresas, registada desde 2015. O segundo trimestre de 2020 representou uma queda abrupta neste indicador, período em que vários países europeus declararam confinamentos para conter a pandemia de covid-19.

No segundo trimestre de 2020, a constituição de novos negócios caiu quase 25%, com uma quebra semelhante nos dados da UE e da Zona Euro. O terceiro trimestre de 2020 foi de aumento no registo de novos negócios, comparando com o trimestre anterior (subida de 46,7% na UE e 48,3% na Zona Euro).



Já no final do ano, no trimestre em que vários países confinaram novamente, para conter uma nova vaga de casos, a constituição de novas empresas baixou 0,4% em cadeia na União Europeia e 0,3% na Zona Euro.

Estabelecendo a comparação com o mesmo período de 2019, os dados da constituição de novas empresas aumentaram ligeiramente no quarto trimestre de 2020: 3,8% na Zona Euro e 2,8% na União Europeia.

Comparando entre vários Estados-membros com dados disponíveis, as maiores subidas foram contabilizadas na Eslováquia (33%), França (16,2%) e na Roménia (13,8%). Também na constituição de novas empresas Portugal contraria a "tendência": o país é o segundo onde o número de novas empresas mais baixou, com um decréscimo de 14,8%. A Bulgária foi o país onde a abertura de novas empresas mais baixou (-18,8%) e a Croácia o terceiro (-12,3%).

A constituição de novas empresas tem vindo a baixar ao longo de vários trimestres em Portugal. Pelos dados do Eurostat, só no terceiro trimestre de 2019 é que Portugal registou um aumento na constituição de empresas, quando foi contabilizada uma subida de 12,5%, em termos homólogos.
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