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Goldman Sachs: Portugal perde com Inglaterra nos quartos-de-final do Euro

Em quase todas as grandes competições de selecções, o banco de investimento desenvolve um modelo estatístico para prever os resultados mais prováveis.

Reuters
06 de Junho de 2016 às 11:55
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Portugal tem apenas 8% de probabilidade de ganhar o Euro 2016 e o mais provável é que seja eliminado nos quartos-de-final às mãos da Inglaterra. Isto segundo o modelo estatístico construído pelos economistas do Goldman Sachs para ajudar a prever os resultados na competição. Já a França, a Alemanha, a Espanha e a Inglaterra são as favoritas a levantar o troféu.

Na fase de grupos, o Goldman Sachs não antecipa dificuldades de maior para a selecção das quinas. Prevêem uma vitória de 2-1 sobre a Hungria. O confronto com a Islândia aponta para um resultado semelhante, enquanto o embate com a Áustria dá sinal de um empate a uma bola. O modelo do Goldman Sachs prevê que Portugal encontre a selecção italiana nos oitavos, sinalizando a vitória da equipa de Fernando Santos.

No entanto, a vida da selecção poderá ficar complicada a partir dessa fase, com o Goldman a apontar que Portugal deverá ser eliminado pela Inglaterra nos quartos-de-final. A 2 de Junho, as duas selecções encontraram-se num jogo amigável, com os ingleses a vencerem por 1-0. No entanto, nos últimos  jogos a doer, a selecção nacional tem vantagem no confronto directo. Eliminou a selecção inglesa nos quartos-de-final do Mundial de 2006 e do Euro 2004. Antes disso, já havia batido os ingleses por 3-2 na fase de grupos do Euro 2000.

Segundo o modelo, o desfecho mais provável é uma final entre Espanha e França, com a equipa da casa a arrebatar o troféu. Mas os analistas do Goldman ressalvam que "mais provável não quer dizer provável".


Os favoritos

Além de fazer previsões jogo a jogo, o Goldman também calculou em termos gerais a probabilidade de cada selecção em chegar a determinada parte da prova. No caso da selecção das quinas, o banco de investimento dá uma probabilidade de 91,9% de passar a fase de grupos. Já a probabilidade para atingir a final é de 16,5% e a de levantar o troféu é de apenas 8%.

Ainda assim, a selecção capitaneada por Cristiano Ronaldo é a quinta com maior probabilidade de ganhar a competição. "O modelo diz que a França tem uma probabilidade de 23% de ganhar o troféu, seguida da Alemanha com 20%, Espanha com 14% e Inglaterra com 11%", refere a equipa de análise do Goldman, numa nota. Apesar da Alemanha ter um histórico estatístico melhor que a selecção gaulesa, a equipa de Didier Deschamps leva vantagem por causa do factor casa.


Como é calculado o modelo

As previsões do Goldman Sachs são calculadas com base num modelo estatístico que segue alguns indicadores. A primeira é a criação de um "rating" Elo, um sistema criado para medir a força relativa entre jogadores de xadrez mas que neste caso é aplicado ao futebol. É também incluído na análise o número de golos marcados nos últimos dez jogos oficiais e os golos sofridos nas últimas duas partidas. São ainda feitas análises aos europeus passados para medir a tendência de uma selecção ter, ou não, melhores resultados no Euro que noutras competições. São depois aplicadas simulações de Monte Carlo, as mesmas que se utilizam para calcular a evolução futura de contratos de "swap", por exemplo.

Apesar de se mostrarem confiantes no modelo adoptado, que não difere muito das probabilidades atribuídas pelas casas de apostas, o Goldman Sachs diz que é difícil saber qual o grau de certeza das previsões. Até porque, realçam, "o futebol é um jogo bastante imprevisível!"

Como correu no Mundial do Brasil?

No Mundial de 2014, o Goldman Sachs já havia feito simulações semelhantes. E houve previsões que se revelaram tiros certeiros e outras que foram uma espécie de remate que sai pela linha lateral. "Há dois anos, o nosso modelo falhou em prever a eliminação dos pesos-pesados Espanha e Itália na fase de grupos e dava uma probabilidade de 48% para que o Brasil conquistasse o troféu", recorda o Goldman Sachs. Mas, do lado positivo, realça que foram identificados três dos quatro semifinalistas da competição.

Tal como no Brasil, em 2014, este ano no Europeu, o Goldman Sachs actualizará diariamente o modelo. Há dois anos, as previsões feitas durante o Mundial "previram os vencedores de todos os jogos da fase a eliminar à excepção da meia-final dos 7-1 entre a Alemanha e o Brasil".

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