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Casas de apostas britânicas "festejam" golo russo aos 92’
O cabeceamento de Berezutskiy no período de descontos do jogo impediu perdas de 25 milhões de euros para a indústria. Uma vitória de Inglaterra no Euro 2016 pode atirar as contas para o vermelho.
O golo do russo Vasiliy Berezutskiy aos 92 minutos deixou os adeptos de futebol ingleses à beira de um ataque de nervos, mas fez suspirar de alívio os donos das casas de apostas do país. É que este tento marcado no período de descontos evitou a vitória de Inglaterra no primeiro jogo do Euro 2016 e impediu também perdas a rondar os 20 milhões de libras (25 milhões de euros).
A estimativa é das duas maiores casas de apostas do país, que calcularam à Bloomberg os benefícios para a indústria. A William Hill "avaliou" o cabeceamento do defesa central da Rússia em cinco milhões de libras (6,3 milhões de euros). Fonte oficial apontou que, em vez de perder três milhões de libras (3,8 milhões de euros), a empresa que lidera o mercado lucrou dois milhões de libras (2,5 milhões de euros).
Para o segundo maior operador britânico, esse golo tardio fez uma diferença de dois milhões de libras (2,5 milhões de euros). "Se a Inglaterra tivesse celebrado, nós estaríamos a lamentar um começo terrível do Euro. Assim como foi, demos um grande suspiro de alívio", resumiu o porta-voz da Ladbrokes, David Williams, rivalizando em entusiasmo com o relatador do jogo na televisão russa.
Así se cantó el gol de Berezutskiy en la tele rusa. https://t.co/kuS3QwGmpA
— Iván López (@Ivan8Lopez) June 11, 2016
Em entrevista à agência, em Maio, o escocês que lidera a Ladbrokes disse que perderia um milhão de libras (1,26 milhões de euros) por cada vitória dos "Three Lions" na fase de grupos. "Na primeira metade do torneio podemos estar significativamente no vermelho. Depois quando restarem as oito melhores equipas, torna-se mais duro e é quando tento recuperar o meu dinheiro. Mas é extremamente stressante", admitiu o CEO Jim Mullen. A vitória da equipa de Roy Hodgson neste torneio é mesmo o maior factor de risco para os resultados anuais da empresa.
Além de não ter sido auspiciosa no relvado, esta primeira partida ficou marcada pela violência entre os adeptos dos dois países. Depois dos incidentes nos três dias anteriores, os confrontos alastraram-se às imediações e ao interior do estádio, em Marselha. Caso se verifiquem novos incidentes, o comité executivo da UEFA admitiu no domingo, 12 de Junho, a possibilidade de excluir estas duas selecções da competição.
Como resposta a esses episódios de violência, o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, ordenou também que fossem tomadas "todas as medidas necessárias" para proibir a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em "perímetros sensíveis" nas vésperas e nos dias de jogos do campeonato europeu da modalidade, que apenas termina a 10 de Julho.