A Speedo anunciou esta segunda-feira, 22 de Agosto, que decidiu acabar com o seu patrocínio a Ryan Lochte, o nadador norte-americano que alegou ter sido assaltado no Rio de Janeiro por um grupo de indivíduos que se faziam passar por polícias.  

 

"Embora tenhamos desfrutado de uma relação vencedora com Ryan durante mais de uma década e ele tenha sido um membro importante da equipa Speedo, não podemos tolerar um comportamento que é contrário aos valores que esta marca há muito defende", justificou a empresa em comunicado. "Reconhecemos as suas muitas realizações e esperamos que ele continue e aprenda com a experiência".

The official response regarding our sponsorship of Ryan Lochte. pic.twitter.com/0DdP2RyceD

— Speedo USA (@SpeedoUSA) 22 de agosto de 2016

 

A empresa anunciou ainda que vai doar uma parte do patrocínio de 50 mil dólares de Lochte à instituição Save the Children.

 

Ryan Lochte e três colegas da selecção norte-americana de natação, Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen, alegaram inicialmente terem sido assaltados de madrugada no Rio de Janeiro por indivíduos armados, que se fizeram passar por polícias, quando regressavam de táxi à Aldeia Olímpica.

 

A investigação policial subsequente e imagens vídeo entretanto recolhidas permitiram concluir que, ao contrário do que afirmaram, os quatro atletas não foram assaltados, mas causaram distúrbios, visivelmente alcoolizados, num posto de gasolina, tendo um dos seguranças apontado a arma a um deles.

 

Na passada quinta-feira, o Comité Olímpico dos Estados Unidos (USOC) pediu desculpas públicas pelo comportamento dos atletas, admitindo que todos mentiram.

"O comportamento destes atletas não é aceitável e muito menos representa os valores da selecção dos Estados Unidos, nem a conduta da maioria dos seus elementos", aponta o comunicado do USOC.

 

Depois de pedir "desculpas aos anfitriões e a todo o povo brasileiro", o USOC garantiu que avaliará "potenciais consequências" para os nadadores após os Jogos Rio2016, que terminaram este domingo.