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Ao minuto21.02.2025

Europa fecha nona semana consecutiva no verde. Novo Nordisk dispara quase 6%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.
Kai Pfaffenbach/Reuters
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21.02.2025

Europa fecha nova semana consecutiva no verde. Novo Nordisk dispara quase 6%

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.

As bolsas europeias encerraram a derradeira sessão da semana divididas entre ganhos e perdas, mas conseguiram fechar esta que é a nona semana consecutiva em alta. Os investidores aguardam agora com expectativa o resultado das eleições alemãs no domingo, onde se antecipa uma vitória da coligação conservadora.

O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, avançou 0,52% para 553,85 pontos, aproximando-se dos máximos históricos atingidos esta semana, quando tocou nos 557,96 pontos. O índice de referência fechou a semana com um saldo positivo de 0,3%.

O setor químico foi o que registou o melhor desempenho, impulsionado por uma revisão em alta do "guidance" da francesa Air Liquide. O anúncio fez as ações da empresa avançarem 3,25% para 178,40 euros, com as vendas de 2024 a ficarem acima das expectativas dos analistas.

Já as ações da Novo Nordisk – a maior empresa europeia em termos de capitalização bolsista – dispararam 5,83% para 630 coroas dinamarquesas, com a cotada a estabilizar a oferta de Ozempic e Wegovy - medicamentos para a perda de peso - nos EUA.

Desde o início do ano, o Stoxx 600 já valorizou mais de 9%, superando com facilidade o desempenho dos seus pares norte-americanos. O "benchmark" ultrapassou esta semana, pela primeira vez, a barreira psicológica dos 550 pontos, com as bolsas europeias a atraírem o maior volume de investimento desde o início da guerra na Ucrânia há quase três anos.

"O ambiente continua a ser positivo para os ativos de risco, apesar de existirem dois elefantes na sala: avaliações mais apertadas e a trajetória das taxas", afirma Diego Fernandez, diretor de investimentos do A&G Banco, à Bloomberg.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o espanhol IBEX 35 cedeu 0,12%, o alemão DAX desvalorizou também 0,12%, enquanto o britânico FTSE 100 recuou 0,04% e o holandês AEX caiu 0,11%. Em contraciclo, o italiano FTSEMIB valorizou 0,45% e o francês CAC-40 avançou 0,39%.

21.02.2025

Juros da dívida na Zona Euro aliviam com PMI desapontante

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro recuaram na última sessão da semana, num momento em que o apetite dos investidores por obrigações cresce, depois de a atividade industrial na França e nos EUA ter registado grandes contrações em fevereiro. Na Alemanha, existiu recuperação, mas foi ténue. 

Os juros das "Bunds" alemãs com maturidade a dez anos, referência para o bloco, aliviaram 6,3 pontos base para 2,467%. Já a rendibilidade da dívida francesa perdeu 4,8 pontos para 3,215%. 

Por cá, os juros da dívida portuguesa, também com maturidade a dez anos, cederam 6 pontos base, para 2,902%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento recuou também 6 pontos, para 3,091%. Já em Itália, os juros da dívida registaram um decréscimo de 6,3 pontos para 3,551%.
 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, aliviaram 3,5 pontos base para 4,570%.

21.02.2025

Dólar avança apesar de atividade industrial nos EUA atingir mínimos de 17 meses

O dólar está a valorizar face aos seus principais concorrentes esta sexta-feira, embora continue a registar perdas face ao iene. Os investidores encontram-se a consolidar posições antes da chegada do fim de semana, com olhos postos em novos dados económicos. 

O euro recua 0,48% para 1,0451 dólares, enquanto a libra cede 0,21% para 1,2642 dólares. Já face à divisa japonesa, a "nota verde" continua a perder, desvalorizando 0,12% para 149,45 ienes. Os investidores continuam a apostar na moeda nipónica, numa altura em que o banco central do país prepara-se para continuar o ciclo de restrição da política monetária.

A esta hora, o índice do dólar – que mede a força da moeda face aos seus principais rivais – avança 0,29% para 106,68 pontos. No entanto, os ganhos estão a ser limitados por novos dados económicos, que apontam para um setor industrial em queda. A atividade na indústria norte-americana caiu para o valor mais baixo em 17 meses em fevereiro.

O euro também está a ser pressionado por uma atividade industrial em queda numa das principais economias da região. Este indicador registou uma grande contração em França no início do mês e só conseguiu recuperar muito ligeiramente na Alemanha. A maior economia europeia dirige-se às urnas no domingo, com as sondagens a apontarem para uma vitória da coligação conservadora. 

21.02.2025

Brent perde quase 2% com incerteza na Ucrânia e reforço da oferta no mercado

O barril de petróleo está a negociar em baixa esta sexta-feira, apesar de se preparar para fechar a semana com um saldo positivo. Isto, numa altura em que o ataque ucraniano a um oleoduto russo não parece estar a causar disrupções no fornecimento de crude, uma vez que o Cazaquistão continua a introduzir níveis recorde desta matéria-prima no mercado.

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, perde 2,03% para 71,01 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte, o "benchmark" europeu, recua 1,82% para 75,09 dólares. Mesmo com as perdas desta sexta-feira, esta é já a segunda semana que os dois índices conseguem terminar no verde – embora com ganhos reduzidos -, depois de três semanas a registar perdas.

Na frente geopolítica, as relações entre o Presidente ucraniano e seu homólogo norte-americano têm-se deteriorado, depois de Zelensky ter criticado os EUA e a Rússia por iniciarem negociações sem o envolvimento de Kiev. Os dois chefes de Estado têm trocado acusações várias acusações ao longo da semana, com Donald Trump a acusar Zelensky de ser um "ditador". 

21.02.2025

Ouro recua com tomada de mais-valias. Metal prestes a fechar oitava semana consecutiva no verde

A onça de ouro está a recuar esta sexta-feira, numa altura em que os investidores aproveitam os máximos históricos que o metal precioso tem atingido para proceder à tomada de mais-valias. O ouro prepara-se, assim, para encerrar a oitava semana consecutiva no verde, continuando a beneficiar da sua posição como ativo-refúgio em tempos de incerteza geopolítica e comercial.

O metal amarelo recua 0,26% para 2.931,47 dólares por onça, depois de ter atingido mais um recorde na quinta-feira, tocando pela primeira vez na história nos 2.954,69 dólares. Só esta semana, o ouro já valorizou cerca de 1,7%.

"Estamos a assistir a um movimento clássico de novos máximos e retirada de mais-valias. No entanto, as bases do ouro permanecem sólidas", explica Alex Ebkarian, diretor de operações da Allegiance Gold, à Reuters. A procura pelo ativo está a ser liderada por bancos centrais e por investidores ocidentais, "com as pessoas que apostam em ETF a juntarem-se à corrida", explicam analistas do Commerzbank numa nota acedida pela agência de notícias.

Desde o início do ano, o ouro já valorizou mais de 11%, apoiado na incerteza comercial que as tarifas de Donald Trump introduziram no mundo. A política mais protecionista do Presidente dos EUA pode ter grandes impactos a nível interno e externo, introduzindo mais uma barreira ao crescimento económico global.

21.02.2025

Wall Street continua a afastar-se de máximos históricos. UnitedHealth afunda mais de 8%

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta sexta-feira em baixa, um dia depois de os resultados da retalhista Walmart terem arrastado Wall Street para o vermelho e levantado preocupações sobre a vitalidade do consumo privado no país.

O S&P 500 recua 0,29% para 6.099,90 pontos, afastando-se pela segunda sessão consecutiva dos máximos históricos que atingiu na quarta-feira. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq cai 0,13% para 19.936,71 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,82% para 43.817,47 pontos.

A UnitedHealth Group está a centrar as atenções dos investidores, depois de o Wall Street Journal ter noticiado que o Departamento da Justiça norte-americano está a investigar a empresa por suspeitas de fraude com o sistema de seguros de saúde público Medicare. As ações da empresa estão a afundar 8,81% para 458,10 dólares e o pessimismo está a alastrar-se a outras seguradoras norte-americanas, como a Humana e a CVS Health.

A empresa esteve na ribalta no início de dezembro, quando o CEO da divisão de seguros da UnitedHealth Group, Brian Thompson, foi assassinado em Nova Iorque, antes de um encontro com investidores.

Já a Walmart continua em queda, após ter revisto em baixa as suas previsões de vendas e lucros para o ano fiscal em exercício. Depois de ter afundado mais de 6% na quinta-feira – a maior queda diária da empresa em mais de um ano -, a maior retalhista norte-americana perde, a esta hora, 1,03% para 96,21 dólares.

A retalhista norte-americana antecipa que, finalmente, a inflação comece a pesar no consumo das famílias dos EUA e que isso se reflita nas vendas da empresa, após vários trimestres em trajetória ascendente. Isto, numa altura em que as tarifas de Donald Trump ameaçam aumentar a inflação no país.

21.02.2025

Euribor volta a descer a seis meses para novo mínimo de mais de dois anos

A Euribor desceu hoje a três e seis meses, no prazo mais longo para um mínimo desde dezembro de 2022, e subiu a 12 meses em relação a quinta-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 2,521%, continuou acima da taxa a seis meses (2,447%) e da taxa a 12 meses (2,463%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 2,447%, menos 0,013 pontos do que na quinta-feira e um mínimo desde 07 de dezembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou hoje, para 2,463%, mais 0,017 pontos.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses caiu hoje, ao ser fixada em 2,521%, menos 0,013 pontos do que na quinta-feira.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.

Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.

21.02.2025

Setor químico impulsiona Europa. Eleições na Alemanha geram incerteza

O setor bancário foi responsável por metade do crescimento dos dividendos pagos em 2023.

As bolsas europeias estão a negociar no verde, impulsionadas pelas ações do sector químico e num momento em que os investidores também estão a olhar para as eleições na Alemanha, marcadas para este domingo.

O Stoxx 600, referência para a negociação europeia, recupera de dois dias em queda e sobe 0,3% para 552,61 pontos, com os setores químico, que sobe mais de 1%, e da alimentação a darem ímpeto ao "benchmark". A travar o índice de maiores ganhos estão apenas os setores de gás e petróleo, de media e das "utilities".

As bolsas europeias tiveram um arranque de ano forte, com o "benchmark" a ganhar 9%. O índice de referência subiu acima dos 550 pontos pela primeira vez esta semana e ultrapassou o objetivo para o final do ano de 540 pontos, segundo um inquérito da Bloomberg a analistas.

Os investidores têm-se movimentado rapidamente, à medida que diversificam os ativos dos EUA e apostam num cessar-fogo na Ucrânia. As ações europeias tinham subido animadas pela possibilidade de paz na Ucrãnia, mas estagnaram devido à posição hostil do Presidente dos EUA, Donald Trump, em relação ao país.


As atenções centram-se agora nas eleições de domingo na Alemanha, com as ações do país a serem negociadas perto de máximos históricos, na esperança de que o líder conservador Friedrich Merz consiga formar uma coligação maioritária com o Partido Social Democrata e os Verdes. Ainda assim, as incertezas quanto ao resultado geram dúvidas no mercado. O alemão DAX soma 0,08% para 22.332,34 pontos.

Entre os principais movimentos de mercado, a Air Liquide sobe perto de 3% após ter anunciado que as vendas de 2024 superaram as expectativas do mercado, assim como reviu em alta a orientação de margem operacional.

Também o banco o Standard Chartered subiu até 5%, depois de ter anunciado uma nova recompra de ações e ter superado as expectativas de lucros.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 valoriza 0,29%, o italiano FTSEMIB acelera 0,38%, enquanto o britânico sobe 0,03%. Em contraciclo, o holandês AEX regista um decréscimo de 0,12% e o espanhol IBEX 35 desliza 0,19%. 

21.02.2025

Juros da dívida soberana da Zona Euro aliviam

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a recuar na última sessão da semana, num momento em que o apetite dos investidores por obrigações cresce, depois de o PMI dos serviços francês ter sido muito inferior ao esperado, atingindo o valor mais baixo desde 2023.

Tariq Kamal Chaudhry, economista do Banco Comercial de Hamburgo, afirmou: "recessão sem fim à vista".

Os juros das "Bunds" alemãs com maturidade a dez anos, referência para o bloco, estão a aliviar em 3,4 pontos base para 2,497%. Já a rendibilidade da dívida francesa desce 1,8 pontos para 3,245%. 

Por cá, os juros da dívida portuguesa, também com maturidade a dez anos, cedem 3,3 pontos base, para 2,930%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento recua 3,2 pontos, para 3,119%.

Em Itália, os juros da dívida registam um decréscimo de 3,7 pontos para 3,577%.
 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, estão a aliviar 0,1 pontos base para 4,605%.

21.02.2025

Terceira semana de perdas para o dólar. Euro de olhos na Alemanha

O dólar está prestes a registar a terceira queda semanal consecutiva, num momento em que os "traders" começam a acreditar que as ameaças das tarifas de Donald Trump serão uma tática de negociação do Presidente dos EUA. 

Os investidores, há umas semanas otimistas com o cenário de uma guerra comercial alargada, estão agora a retirar as suas posições, enquanto Trump se equivoca nesta matéria, entre imposições e recuos destas sanções.
Ainda assim, o euro perde 0,3% para 1,0471 dólares, com o bloco europeu atento às eleições na Alemanha, que decorrem este fim de semana. 
"Do mercado de câmbio às ações, os mercados estão confiantes de que as eleições alemãs produzam um resultado em linha com o que as sondagens têm mostrado desde o início - subestimando o risco de uma reviravolta. Um resultado eleitoral que altere suficientemente as previsões para tornar complicada uma coligação viável e duradoura vai pôr em causa qualquer otimismo de uma mudança rápida no travão da dívida e vai prejudicar o euro", escreveram os analistas da Bloomberg.
No Japão, a inflação em janeiro atingiu máximos de 19 meses, o que fez subir o iene durante a noite. Mas, a divisa nipónica recuou de forma significativa após o Banco do Japão ter dito poderia intensificar a compra de obrigações do governo se as taxas de juro a longo prazo aumentassem. Assim, o dólar sobe 0,5% para 150,39 ienes.

21.02.2025

Ouro corrige mas deve fechar oitava semana em alta

Metal amarelo tem preservado valor ao longo do tempo. Bancos centrais têm reforçado as reservas, tendo comprado 1.136 toneladas em 2022.

Os preços do ouro estão a recuar esta sexta-feira, mas continuam a caminho da oitava semana de ganhos, apoiados pela procura dos ativos-refúgio devido às preocupações com as ameaças de tarifas por parte do Presidente dos EUA, Donald Trump.

O metal amarelo cede 0,27% para 2.925,82 dólares por onça, após na sessão anterior ter atingido o valor mais elevado de sempre nos 2.954,69 dólares. O ouro avançou mais de 1% nesta semana e está pronto para a mais longa sequência de vitórias semanais desde meados de 2020.

"Muitos têm antecipado a marca dos 3.000 dólares, mas o ouro ainda não a atingiu e até recuou um pouco. É uma correção normal, até porque esta marca psicológica ainda é significativa. Quando o ouro ultrapassar essa barreira, o que agora é resistência pode-se transformar num nível de suporte", considerou Julia Khandoshko, CEO da corretora Mind Money, em declarações à Reuters.
Já o estratega da IG, Yeap Jun Rong, acredita que o metal "tem demonstrado resiliência com quedas de curta duração, à medida que as persistentes incertezas comerciais dos EUA reforçam o apetite" por ativos seguros. 
Os analistas acreditam ainda que o metal amarelo pode perder algum terreno com a política monetária da Reserva Federal, já que acreditam que o banco central poderá pôr um travão ao ciclo de corte de juros. 

21.02.2025

Excesso de oferta no mercado ainda pressiona crude

Apesar de estar a recuar a esta hora, o petróleo deve terminar a semana em alta e com a maior subida desde o arranque do ano. Os investidores ainda questionam se haverá ou não um excesso de oferta no mercado este ano, ao mesmo tempo que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) pondera em adiar pela quarta vez a entrada de mais barris diários no mercado. 

Nos EUA, os "stocks" de crude cresceram em 3,34 milhões de barris na semana passada, de acordo com dados do American Petroleum Institute - subida que tem pressionado as cotações.

West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, perde 0,30% para 72,26 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte, o "benchmark" europeu, recua 0,27% para 76,27 dólares. Ainda assim, o Brent deve acabar a semana com ganhos de 2%. 

 

O adiamento da produção por parte da OPEP+, a interrupção no Cazaquistão e a incerteza quanto à retoma das exportações do Curdistão tem dado gás ao petróleo esta semana.

"A capacidade da OPEP para eliminar gradualmente os cortes na produção sem perturbar o mercado do petróleo está a tornar-se cada vez mais difícil", disse o ANZ Group Holdings, citado pela Bloomberg. "Dadas as incertezas económicas e geopolíticas e a sua necessidade de apoiar os preços do petróleo, esperamos que a OPEP adie".

21.02.2025

Lucros otimistas da Alibaba contagiam Ásia. Europa atenta a eleições na Alemanha

As ações de tecnologia chinesas deram o maior salto em três anos e contagiaram as bolsas asiáticas. O setor vive um momento de otimismo impulsionado pelos resultados do Alibaba Group Holding.

A empresa viu os lucros do seu terceiro trimestre fiscal cresceram 239% para 6,4 mil milhões de euros e adiantou que vai investir ainda mais em inteligência artificial (IA). Aliás, o CEO da gigante tecnológica disse que este será agora o objetivo da empresa. As ações cresceram 14%. Assim, parece que o entusiasmo com o modelo de inteligência artificial da DeepSeek ainda se faz sentir, ofuscando o aumento das tensões geopolíticas e o agravamento da guerra de tarifas. 

"Acredito que, até que a China faça grandes reformas estruturais, estes surtos de crescimento serão de curta duração", considerou à Bloomberg Ron Temple, estratega da Lazard. 

Já a analista do Morgan Stanley, Laura Wang, acredita que "este desenvolvimento valida ainda mais a nossa convicção de que a capacidade da China de participar e até mesmo liderar a competição mundial de tecnologia à boleia da IA deve ser reavaliada e mais apreciada pelos investidores".

Hang Seng, de Hong Kong, subiu 3,2%, enquanto o Shanghai Composite acelerou 0,8%.

No Japão, o Topix ficou inalterado e o Nikkei ganhou 0,2%, à medida que os investidores acreditam cada vez mais que o Banco do Japão vai continuar a subir os juros, depois os o mais recente relatório ter mostrado que a inflação o país continua a acelerar. Ainda assim, o banco  reiterou o compromisso em apoiar a estabilidade nos mercados. 

Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,65%.

Na Europa, os futuros do Stoxx 50 apontam para uma abertura sem grandes alterações, num momento em que o foco dos investidores se centra agora nas eleições na Alemanha - após uma semana marcada pela volatilidade com as tarifas de Donald Trump. 

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