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Sauditas admitem interesse em disputar Liga dos Campeões

Depois de “roubar” alguns dos melhores jogadores à Europa, a liga saudita confirma que a participação na “Champions” seria “bem-vinda”.

A chegada de Ronaldo ao Al Nassr foi apenas o início Al Nassr
A Arábia Saudita admite estar interessada numa eventual adesão à Liga dos Campeões. "Estamos a tentar ser diferentes, por isso, qualquer tipo de mudança de formato ou melhorias que possam ser introduzidas na liga serão bem-vindas", respondeu o diretor de operações da primeira liga da Arábia Saudita, Carlo Nohra, em entrevista à agência Bloomberg publicada neste domingo.

Ainda assim, o responsável clarifica que a liga saudita está "completamente comprometida" com a Liga dos Campeões asiática e que qualquer conversação sobre uma possível entrada nos grandes palcos europeus teria de ter lugar, provavelmente, entre a UEFA e a Federação de Futebol da Arábia Saudita.

Não seria caso único se a ideia avançasse: por exemplo, Israel, também no Médio Oriente, participa na liga milionária.

A hipótese, que tinha já sido avançada este mês pelo jornal italiano Corriere dello Sport, teve então uma reação de Zvonimir Boban, responsável da UEFA, que classificou a notícia como uma "invenção".

No total, já terão sido gastos cerca de 500 milhões de euros em passes de jogadores, financiados pelo Fundo de Investimento Público saudita (PIF, na sigla em inglês), a que se juntam perto de mil milhões que deverão ser gastos em salários por ano (até ver) num plano a longo prazo e mais abrangente para diversificar o investimento e renovar a imagem do país.

Esta "tomada de assalto" saudita começou com Cristiano Ronaldo, na época passada, e continuou nesta época com vários jogadores de topo europeu, como Benzema, Neymar, Henderson, Sadio Mane, Kanté, entre muitos outros.

"Estamos a fazer o que for preciso para trazer esses jogadores para a Arábia Saudita", diz Nohra, ressalvando, no entanto, que "não significa que seja um orçamento ilimitado".

"Não podemos algemarmo-nos se quisermos trazer alguns dos maiores talentos. Temos de pagar as taxas vigentes para trazê-los", acrescentou – apesar de os números que têm sido conhecidos, sobretudo de salários, estarem bem acima dos valores de mercado.

Nas receitas, a primeira liga saudita tem vindo a atrair mais patrocinadores e a assinar acordos de transmissão com vários operadores internacionais, sendo os jogos já vistos em 140 países. Ainda que essas receitas "não sejam massivas para financiar as atividades" da liga, Nohra considera "significativo" o dinheiro obtido com direitos televisivos: desde que Ronaldo foi para o Al-Nassr quase multiplicou por oito (mais 650%).

Sem terem um prazo para obterem um "break-even", os responsáveis sauditas salientam que estão a tentar "impulsionar o valor empresarial da liga e dos clubes" e que o objetivo já seria alcançado se os clubes e a liga se tornassem num ativo apetecível para investimento.

Artigo atualizado às 21h35
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