Notícia
Líderes e deputados de vários partidos comentam e condenam episódio com Marega
Dirigentes e deputados de vários partidos, incluindo os líderes do CDS-PP, da Iniciativa Liberal e do Chega, comentaram na redes sociais, maioritariamente condenando, os insultos dirigidos ao jogador Marega, do FC Porto, este domingonum jogo de futebol, em Guimarães.
16 de Fevereiro de 2020 às 23:58
O deputado único do Iniciativa Liberal, e líder do partido, João Cotrim Figueiredo, considerou, numa publicação partilhada no Twitter, que Marega "fez bem em abandonar o campo".
"Ninguém deve admitir este tipo de discriminação que tanto fere a sua humanidade. Felizmente, todos somos diferentes, mas cada um de nós é igualmente importante e merecedor de respeito", defendeu.
O avançado Marega pediu para ser substituído, ao minuto 71 do jogo da 21.ª jornada da I Liga, entre o FC Porto e o Vitória de Guimarães, por ter ouvido cânticos racistas dos adeptos da formação vimaranense, numa altura em que os 'dragões' venciam por 2-1, resultado com que terminaria o encontro.
Os colegas tentaram demovê-lo, mas Marega estava irredutível na decisão.
Depois de pedir a substituição, o jogador maliano apontou para as bancadas do recinto vimaranense, com os polegares para baixo, numa situação que originou uma interrupção de cerca de cinco minutos.
O deputado único do Chega, e líder do partido, André Ventura, tem uma opinião bastante diferente, tendo desvalorizado o sucedido.
"País de hipocrisia em que tudo é racismo e tudo merece imediatamente uma chuva de lamentos e de análises histórico - megalómanas. O nosso problema não é o racismo. É a hipocrisia. É o síndrome Joacine que começa a invadir as mentalidades. Por mim não passarão", escreveu no Facebook.
O novo líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, insurgiu-se contra as manifestações de racismo comentando no Twitter o episódio que envolveu Marega.
"As manifestações de racismo não podem ter lugar na nossa sociedade: devem ser julgadas e severamente punidas pelos Tribunais. Todos somos chamados a condenar os crimes de ódio e a defender a dignidade de cada pessoa. Essa é uma luta que não tem cor", escreveu.
Catarina Martins foi a primeira líder partidária a reagir ao que aconteceu no estádio do Vitória de Guimarães. A líder do Bloco de Esquerda (BE), e também deputada do partido, defendeu que "racismo não é opinião, é crime".
"Não sigo futebol, não tenho clube e raramente acompanho o que se passa nos jogos. Mas hoje adepta de Marega me confesso. Racismo não é opinião. É crime", lê-se numa publicação na conta oficial de Catarina Martins no Twitter.
Já para o deputado do Partido Socialista Tiago Barbosa Ribeiro, "a ofensiva racista contra Marega em Guimarães, obrigando à saída do jogador, cobre de vergonha o futebol português".
Isabel Moreira, da mesma bancada parlamentar, salienta que "Marega decidiu recusar-se a ser uma não-pessoa".
"Marega foi a dignidade num país negacionista. Isto é de chorar. Gostava de lhe dar um abraço. Bravo, Marega. Deviam ter parado todos. Devia ter acabado o jogo", defendeu a deputada socialista no Facebook, acrescentando à publicação a 'hashtag'(#) "racismo".
Além de Catarina Martins, foram vários os deputados do BE que utilizaram as redes sociais para reagir ao episódio.
No Twitter, Luís Monteiro escreveu: "'Não há racismo em Portugal' ep. 46542367 O jogador do FCPorto Marega abandonou, hoje, o campo após os adeptos nas bancadas imitarem um macaco cada vez que ele tocava na bola. O Desporto não é isto. Viver no século XXI não pode ser isto".
José Soeiro usou o Facebook para demonstrar "toda a solidariedade com Marega" e garantir que "o racismo não passará".
Na mesma rede social, José Manuel Pureza escreveu "do nojo" numa publicação acompanhada por uma notícia sobre o caso, de um jornal português.
Moisés Ferreira, também no Facebook, defendeu que "nem dentro nem fora das 4 linhas, racismo não é tolerável em lado nenhum".
"Bem o protesto de Marega, mas são os racistas que estão a mais, seja no Afonso Henriques, seja em qualquer outro estádio", escreveu.
Até há pouco tempo com representação parlamentar, o partido Livre defendeu nas redes sociais que "numa sociedade democrática atitudes racistas são inaceitáveis".
"Racismo é crime. Toda a nossa solidariedade com Marega. O LIVRE exige da parte do Vitória de Guimarães e da Liga uma condenação inequívoca destes comportamentos", lê-se na conta oficial do partido no Facebook.
"Ninguém deve admitir este tipo de discriminação que tanto fere a sua humanidade. Felizmente, todos somos diferentes, mas cada um de nós é igualmente importante e merecedor de respeito", defendeu.
Os colegas tentaram demovê-lo, mas Marega estava irredutível na decisão.
Depois de pedir a substituição, o jogador maliano apontou para as bancadas do recinto vimaranense, com os polegares para baixo, numa situação que originou uma interrupção de cerca de cinco minutos.
O deputado único do Chega, e líder do partido, André Ventura, tem uma opinião bastante diferente, tendo desvalorizado o sucedido.
"País de hipocrisia em que tudo é racismo e tudo merece imediatamente uma chuva de lamentos e de análises histórico - megalómanas. O nosso problema não é o racismo. É a hipocrisia. É o síndrome Joacine que começa a invadir as mentalidades. Por mim não passarão", escreveu no Facebook.
O novo líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, insurgiu-se contra as manifestações de racismo comentando no Twitter o episódio que envolveu Marega.
"As manifestações de racismo não podem ter lugar na nossa sociedade: devem ser julgadas e severamente punidas pelos Tribunais. Todos somos chamados a condenar os crimes de ódio e a defender a dignidade de cada pessoa. Essa é uma luta que não tem cor", escreveu.
Catarina Martins foi a primeira líder partidária a reagir ao que aconteceu no estádio do Vitória de Guimarães. A líder do Bloco de Esquerda (BE), e também deputada do partido, defendeu que "racismo não é opinião, é crime".
"Não sigo futebol, não tenho clube e raramente acompanho o que se passa nos jogos. Mas hoje adepta de Marega me confesso. Racismo não é opinião. É crime", lê-se numa publicação na conta oficial de Catarina Martins no Twitter.
Já para o deputado do Partido Socialista Tiago Barbosa Ribeiro, "a ofensiva racista contra Marega em Guimarães, obrigando à saída do jogador, cobre de vergonha o futebol português".
Isabel Moreira, da mesma bancada parlamentar, salienta que "Marega decidiu recusar-se a ser uma não-pessoa".
"Marega foi a dignidade num país negacionista. Isto é de chorar. Gostava de lhe dar um abraço. Bravo, Marega. Deviam ter parado todos. Devia ter acabado o jogo", defendeu a deputada socialista no Facebook, acrescentando à publicação a 'hashtag'(#) "racismo".
Além de Catarina Martins, foram vários os deputados do BE que utilizaram as redes sociais para reagir ao episódio.
No Twitter, Luís Monteiro escreveu: "'Não há racismo em Portugal' ep. 46542367 O jogador do FCPorto Marega abandonou, hoje, o campo após os adeptos nas bancadas imitarem um macaco cada vez que ele tocava na bola. O Desporto não é isto. Viver no século XXI não pode ser isto".
José Soeiro usou o Facebook para demonstrar "toda a solidariedade com Marega" e garantir que "o racismo não passará".
Na mesma rede social, José Manuel Pureza escreveu "do nojo" numa publicação acompanhada por uma notícia sobre o caso, de um jornal português.
Moisés Ferreira, também no Facebook, defendeu que "nem dentro nem fora das 4 linhas, racismo não é tolerável em lado nenhum".
"Bem o protesto de Marega, mas são os racistas que estão a mais, seja no Afonso Henriques, seja em qualquer outro estádio", escreveu.
Até há pouco tempo com representação parlamentar, o partido Livre defendeu nas redes sociais que "numa sociedade democrática atitudes racistas são inaceitáveis".
"Racismo é crime. Toda a nossa solidariedade com Marega. O LIVRE exige da parte do Vitória de Guimarães e da Liga uma condenação inequívoca destes comportamentos", lê-se na conta oficial do partido no Facebook.