Notícia
Liga espanhola torna-se um campeonato vendedor
Por toda a Europa está prestes a começar mais uma temporada de futebol, e a tendência demonstrada pela liga espanhola é de que esta se está a converter num campeonato "exportador".
08 de Agosto de 2013 às 13:44
A imponência do Real Madrid e do Barcelona já não consegue disfarçar a precariedade dos outros clubes. Os melhores futebolistas e até os mais fracos abandonam Espanha em busca de melhores contratos. Como consequência, “La Liga” apresenta este ano um excedente comercial de mais de 140 milhões de euros, o segundo mais elevado do mundo, apenas atrás do campeonato brasileiro, segundo noticia o "Cinco Días".
Dos 384 milhões de euros recebidos pelos clubes espanhóis através de vendas, 75% é fruto de negócios realizados com equipas de outros campeonatos. Os restantes 25% resumem-se essencialmente às contratações de Isco e Illarramendi, ao Málaga e à Real Sociedad, pelo Real Madrid por valores entre os 55 e os 65 milhões de euros.
Este valor coloca o campeonato espanhol como o que mais dinheiro conseguiu com a venda de jogadores, confirmando-se a tendência da liga espanhola ser cada vez mais vendedora, numa altura em que as autoridades espanholas impuseram que os clubes paguem as suas dívidas.
Dos 80 jogadores que abandonaram Espanha, 25 saíram do país em final de contrato e outros 23 deixaram o campeonato após terminarem os seus empréstimos em clubes espanhóis, tendo os restantes saído a meio dos contratos. O empréstimo de jogadores converteu-se numa solução para tornar os plantéis mais competitivos, sem gastar dinheiro. Esta é uma tendência geral, e não só da liga espanhola.
O destino preferido dos jogadores é Inglaterra, com 22 a mudarem-se este Verão para terras de sua majestade, 14 deles espanhóis. São agora 31 os jogadores espanhóis a jogar em Inglaterra, apenas na Premier League.
Com pouco dinheiro disponível, os directores desportivos da liga espanhola têm recorrido a campeonatos mais baratos para recrutar reforços. Dos 243 milhões de euros investidos, 60% pertencem ao Barcelona e ao Real Madrid.
A Premier League continua a ser o campeonato que mais dinheiro gasta, mas a chegada dos magnatas Dmitry Rybolovlev e Nasser Al-Khelaifi, ao Mónaco e ao PSG, respectivamente, mudou a hierarquia mundial, convertendo a Ligue 1 no segundo campeonato mais gastador do mundo.
