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FCP (quase) endireita capitais próprios com reavaliação do estádio
Os dragões comunicaram que obtiveram um lucro de 35 milhões de euros no primeiro semestre. Mas a grande alteração nas contas diz respeito a uma operação que, de uma assentada, quase põe a zero os capitais próprios da SAD.
Depois de ter atingido os capitais próprios mais negativos de sempre no futebol português, num valor de 176 milhões de euros, a SAD do Futebol Clube do Porto fez uma operação que praticamente resolve o problema. Embora o saldo entre passivo e ativo ainda seja negativo, a reavaliação do estádio permite que fique apenas em 9 milhões de euros.
Em comunicado enviado à CMVM, a SAD liderada por Pinto da Costa indica que chegou a acordo "com uma reputada empresa internacional, com reconhecida experiência na otimização das receitas comerciais relacionadas com grandes equipamentos desportivos", para que esta tenha uma "participação minoritária numa das empresas com os direitos comerciais do Grupo FC Porto". A parceria prevê "um investimento inicial com vista a modernizar o Estádio do Dragão, potenciando assim as receitas com ele relacionadas".
Deste acordo, resultará "a participação financeira de um montante estimado entre os 60 e 70 milhões de euros, a realizar no 4º trimestre deste exercício, que impactará diretamente nos capitais próprios", indicou a FC Porto SAD.
E quem é o novo parceiro? Apesar de num primeiro momento ter sido noticiado que seria a Legends, o jornal Eco garante, com base em fonte oficial da FC Porto SAD, que o administrador financeiro, Fernando Gomes, se referia apenas ao catering. Questionada sobre a identidade do novo investidor no grupo, a SAD recusou, para já, revelar a identidade.
É neste contexto que houve "uma avaliação ao ‘valor de mercado’ dos cash-flows gerados pelo Estádio do Dragão, por uma conceituada empresa internacional – Crowe (Crowe Advisory PT) – sujeita à revisão da empresa de auditoria da SAD, a EY, que "apurou o valor de 279 milhões de euros".
Desta forma, foi contabilizado "um incremento nos ativos fixos tangíveis, na diferença entre o valor apurado dos cashflows gerados pelo Estádio do Dragão e o montante pelo qual este imóvel se encontrava registado: 167 milhões de euros; um passivo por impostos diferidos, que considera o impacto fiscal da diferença entre justo valor contabilístico e fiscal do estádio: 35 milhões de euros; uma reserva de reavaliação correspondente à diferença entre o impacto no ativo e no passivo, que fez aumentar os capitais próprios em 132 milhões de euros".
O ativo saltou assim para os 504 milhões de euros em 31 de dezembro de 2023, ou seja, um aumento de 148 milhões de euros face aos 356 milhões de 30 de junho.
Já do lado do passivo, "mesmo tendo em consideração o impacto da contabilização dos impostos diferidos referentes à reavaliação do estádio, de 35 milhões de euros, diminuiu 20 milhões de euros" para os 513 milhões, nota a SAD azul e branca. "Esta redução assenta essencialmente na diminuição do valor global dos empréstimos, em 85 milhões de euros, o que representa um corte de 28%, face a 30 de junho de 2023, do passivo remunerado do grupo", afirma a SAD.
O capital próprio consolidado recupera, por isso, 167,5 milhões de euros, ficando em 8,5 milhões de euros negativos.
A SAD sinaliza ainda que, "com o registo dos 9,6 milhões de euros do acesso aos oitavos de final da UEFA Champions League", que ainda não entraram nas contas do primeiro semestre, "os capitais próprios ficariam positivos em 1,1 milhões de euros".
O resultado operacional excluindo resultados com passes de jogadores subiu de 16 para 27 milhões de euros; mas, depois de incluídos os resultados com os passes, melhorou de 1 para 52 milhões.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou nos 69 milhões de euros, o triplo do que tinha sido registado um ano antes (23 milhões).
Notícia atualizada a 20 de fevereiro, dando conta da recusa da FC Porto SAD em divulgar a identidade do novo investidor.
Em comunicado enviado à CMVM, a SAD liderada por Pinto da Costa indica que chegou a acordo "com uma reputada empresa internacional, com reconhecida experiência na otimização das receitas comerciais relacionadas com grandes equipamentos desportivos", para que esta tenha uma "participação minoritária numa das empresas com os direitos comerciais do Grupo FC Porto". A parceria prevê "um investimento inicial com vista a modernizar o Estádio do Dragão, potenciando assim as receitas com ele relacionadas".
E quem é o novo parceiro? Apesar de num primeiro momento ter sido noticiado que seria a Legends, o jornal Eco garante, com base em fonte oficial da FC Porto SAD, que o administrador financeiro, Fernando Gomes, se referia apenas ao catering. Questionada sobre a identidade do novo investidor no grupo, a SAD recusou, para já, revelar a identidade.
É neste contexto que houve "uma avaliação ao ‘valor de mercado’ dos cash-flows gerados pelo Estádio do Dragão, por uma conceituada empresa internacional – Crowe (Crowe Advisory PT) – sujeita à revisão da empresa de auditoria da SAD, a EY, que "apurou o valor de 279 milhões de euros".
Desta forma, foi contabilizado "um incremento nos ativos fixos tangíveis, na diferença entre o valor apurado dos cashflows gerados pelo Estádio do Dragão e o montante pelo qual este imóvel se encontrava registado: 167 milhões de euros; um passivo por impostos diferidos, que considera o impacto fiscal da diferença entre justo valor contabilístico e fiscal do estádio: 35 milhões de euros; uma reserva de reavaliação correspondente à diferença entre o impacto no ativo e no passivo, que fez aumentar os capitais próprios em 132 milhões de euros".
O ativo saltou assim para os 504 milhões de euros em 31 de dezembro de 2023, ou seja, um aumento de 148 milhões de euros face aos 356 milhões de 30 de junho.
Já do lado do passivo, "mesmo tendo em consideração o impacto da contabilização dos impostos diferidos referentes à reavaliação do estádio, de 35 milhões de euros, diminuiu 20 milhões de euros" para os 513 milhões, nota a SAD azul e branca. "Esta redução assenta essencialmente na diminuição do valor global dos empréstimos, em 85 milhões de euros, o que representa um corte de 28%, face a 30 de junho de 2023, do passivo remunerado do grupo", afirma a SAD.
O capital próprio consolidado recupera, por isso, 167,5 milhões de euros, ficando em 8,5 milhões de euros negativos.
A SAD sinaliza ainda que, "com o registo dos 9,6 milhões de euros do acesso aos oitavos de final da UEFA Champions League", que ainda não entraram nas contas do primeiro semestre, "os capitais próprios ficariam positivos em 1,1 milhões de euros".
SAD portista lucra 35 milhões
Na primeira parte da época, a FC Porto SAD lucrou 35 milhões de euros, tendo melhorado em várias rubricas face ao mesmo período do ano anterior.O resultado operacional excluindo resultados com passes de jogadores subiu de 16 para 27 milhões de euros; mas, depois de incluídos os resultados com os passes, melhorou de 1 para 52 milhões.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou nos 69 milhões de euros, o triplo do que tinha sido registado um ano antes (23 milhões).
Notícia atualizada a 20 de fevereiro, dando conta da recusa da FC Porto SAD em divulgar a identidade do novo investidor.