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Ex-presidente do Barcelona detido por branqueamento de capitais

O ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, foi esta manhã detido numa operação contra o branqueamento de capitais conduzida pela Guarda Civil e pela Polícia Nacional espanholas.

Camp Nou (FC Barcelona) - 78.881 espectadores
Reuters
23 de Maio de 2017 às 10:06
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Sandro Rosell, que foi presidente do Barcelona entre 2010 e 2014, foi detido na manhã desta terça-feira, 23 de Maio, no âmbito de uma operação policial de combate ao branqueamento de capitais, noticiam os principais órgãos de comunicação em Espanha. Os agentes da Guarda Civil e da Polícia Nacional estão a passar a pente fino a casa do empresário em Barcelona e também outras propriedades em Girona e Lleida, além de estarem a fazer diligências em Andorra.

 

A operação policial começou às primeiras horas da manhã desta terça-feira e, de acordo com o El País, os agentes estão a investigar uma presumível organização criminal que cobraria comissões ilegais sobre os direitos de imagem da selecção brasileira. Essas comissões eram depois branqueadas através de paraísos fiscais, de acordo com fontes policiais. Aliás, um dos alvos da investigação é o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira.

 

Há muito que os negócios de Sandro Rosell no Brasil estão sob investigação, prossegue o El País. As autoridades de Brasília já haviam investigado o presumível desvio de fundos ilegais – que ascenderiam a oito milhões de euros – resultante de um dos negócios conduzidos por Rosell no país em conjunto com Teixeira, através da sua empresa Alianto.

 

Rosell era o principal representante do marketing da Nike na América do Sul quando esta empresa desportiva firmou, em 1996, um contrato milionário – ainda em vigor – para fornecer equipamentos à CBF. Esse acordo de patrocínio – que ascendeu a 160 milhões de dólares – chegou inclusivamente a ser investigado pela justiça dos Estados Unidos da América. As autoridades dizem que, por esse acordo, Teixeira terá exigido 15 milhões de dólares.

 

Ricardo Teixeira, que presidia à CBF desde 1989, terá movimentado cerca de 150 milhões de dólares na sua conta entre 2009 e 2012, ano em que se viu forçado a abandonar a liderança da Confederação devido às suspeitas de corrupção. O sucessor de Teixeira na CBF, José Maria Marin, está detido na Suíça a aguardar extradição para os EUA por ter estado envolvido no escândalo de suborno de seis dirigentes da FIFA.

Essas ligações ao Brasil facilitaram a ida de Ronaldinho Gaúcho para o Barcelona em 2003, altura em que Rosell era vice-presidente dos "blaugrana", então liderados por Joan Laporta. Também foi com Rosell, então presidente, que o Barcelona garantiu a contratação de outro craque brasileiro, Neymar. As suspeitas de corrupção nesta contratação ditaram, contudo, a saída de Rosell do clube.

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