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Compra de Lucho González pode estar ligada à máfia marselhesa

O negócio que envolve a ida do argentino Lucho González do FC Porto para o Marselha fará parte de um conjunto de transferências que serviram para financiar a máfia da zona do clube marselhês, escreve o Jornal de Notícias.

Miguel Barreira/Cofina Media
14 de Novembro de 2017 às 09:48
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A contratação do ex-jogador do FC Porto, Lucho González, pelo Olympique de Marselha pode estar envolvida num esquema de extorsão de que o clube do sul de França terá sido vítima por parte da máfia a operar na região, escreve hoje o Jornal de Notícias. As autoridades gaulesas estão a investigar 18 transferências de futebolistas, incluindo a de Lucho González, por suspeitarem de que terá sido a máfia da Córsega e Marselha a encaixar os 70 milhões de euros relativos a estas transacções.

 

Foi ao abrigo desta investigação, prossegue o JN, que o FC Porto terá sido visitado na passada semana por agentes da Unidade Central de Luta Contra o Crime Organizado da Polícia de Marselha. Os azuis-e-brancos não são vistos como suspeitos. O que despertou o interesse das autoridades francesas foi uma comissão do negócio – que se fez por 18 milhões de euros, mais seis milhões por objectivos.

 

O juiz titular da investigação terá estranhado um pagamento de 1,6 milhões de euros ao agente Christian Casani, que não terá qualquer ligação ao negócio. Michel Trapasso, que foi o agente oficial da transferência, recebeu, além da comissão, pagamentos mensais de Lucho que atingiram 998 mil euros. Por outro lado, a justiça francesa também estranhou como é que Lucho regressou ao FC Porto sem que a cláusula de 15 milhões de euros tenha sido accionada, uma vez que o contrato com o Marselha ainda estava em vigor.

 

Os agentes procuraram averiguar se o FC Porto fez algum pagamento, em 2012, relacionado com o regresso de Lucho González, junto dos intermediários que garantiram a ida do argentino para Marselha em 2009. O FC Porto terá dito aos agentes que os marselheses não chegaram a pagar a totalidade dos 18 milhões de euros que serviram de base ao negócio e que o regresso se processou através de um perdão dessa dívida.

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