Um grupo de investidores chineses está a negociar a aquisição do AC Milan, clube controlado pelo antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi. O objectivo é que o acordo esteja fechado até Junho, avança a Bloomberg.

O consórcio de investidores, que tem negócios ligados às energias renováveis e a meios de comunicação, já concordou com a maioria dos termos do acordo e pretende que a aquisição esteja concluída antes da época de transferências de verão.

Segundo fontes citadas pela agência noticiosa, a Fininvest, holding liderada por Berlusconi, e o grupo chinês já discutiram planos para reforçar o plantel, já que o investimento inicial será usado para tornar a equipa mais competitiva e não para saldar as dívidas do clube. O consórcio chinês quer uma participação no clube de, pelo menos 50%, que pode subir até aos 70%.

A confirmar-se o acordo, este negócio marca o segundo grande investimento chinês num clube de futebol europeu em menos de seis meses, depois de um grupo liderado pela China Media Capital Holdings ter comprado uma participação de 355 milhões de euros no City Football Group, que detém o Manchester City.

Berlusconi também tem estado em negociações com o empresário tailandês Bee Taechaubol que, segundo avançou a Gazzetta dello Sport em Janeiro, oferecia 480 milhões de euros por uma participação de 48%. De acordo com a Forbes, o AC Milan vale 775 milhões de dólares (cerca de 688 milhões de euros).  

O acordo que está a ser negociado com os investidores chineses supõe que Berlusconi mantenha uma posição de relevo no clube. O antigo governante é a quinta pessoa mais rica de Itália, com uma fortuna avaliada em 7,2 mil milhões de dólares (6,4 mil milhões de euros), segundo o Índice de Multimilionários da Bloomberg.