Notícia
Câmara quer referendar venda de estádio de Braga
A Câmara de Braga anunciou a intenção de realizar um referendo local para vender o Estádio Municipal de Braga, que diz já ter custado 165 milhões de euros. Os encargos da infraestrutura ainda podem subir para 179 milhões.
11 de Fevereiro de 2019 às 21:51
A Câmara de Braga vai fazer um referendo local sobre a venda do estádio municipal, um equipamento que segundo o atual executivo é "uma fator de entropia" à gestão da autarquia, devido aos gastos que tem obrigado a realizar. O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo presidente da autarquia, Ricardo Rio, que contabilizou em 165 milhões de euros os custos que a autarquia já teve com o estádio.
Em conferência de imprensa, o autarca defendeu a realização da consulta aos munícipes, "após as eleições legislativas" [em outubro] por se tratar de uma decisão que não constava do programa eleitoral e pretender que seja tomada com "legitimidade política".
A decisão do referendo foi anunciada no mesmo dia em que a autarquia informou ter as contas bloqueadas por causa de uma condenação judicial ao pagamento de 4 milhões de euros por obras a mais ao consórcio que construiu o equipamento.
A possibilidade de vender o estádio municipal, onde joga o Sporting Clube de Braga, já foi colocada na mesa pelo atual executivo: "A decisão de alienação já tinha sido veiculada, até hoje era quase um desabafo. Hoje, depois disto tudo, é um desígnio", disse.
De forma a justificar aquela decisão, o autarca apontou que uma obra orçamentada em 65 milhões de euros já obrigou a gastar 165 milhões, entre derrapagens e condenações judiciais, sendo que a fatura pode ainda não estar finalizada, uma vez que a autarquia já foi condenada em duas instâncias ao pagamento de mais 10 milhões de euros por obras a mais (aguarda-se decisão do Supremo Tribunal Administrativo), correndo ainda uma outra ação judicial na qual o arquiteto da obra, Souto Moura, exige o pagamento de mais 4 milhões de euros pelo projeto.
Aquando da entrega à UEFA do dossiê de candidatura à organização do Euro2004, o valor previsto para o estádio era de 32,4 milhões de euros. Quando o projeto foi adjudicado ao agrupamento de empresas
ASSOC-Soares da Costa e empreiteiros locais, o valor era já de 43,8 milhões, subindo depois para 65 milhões. As derrapagens nos custos e as expropriações elevaram a fatura, aos quais se somam ainda juros e indemnizações.
Em conferência de imprensa, o autarca defendeu a realização da consulta aos munícipes, "após as eleições legislativas" [em outubro] por se tratar de uma decisão que não constava do programa eleitoral e pretender que seja tomada com "legitimidade política".
A possibilidade de vender o estádio municipal, onde joga o Sporting Clube de Braga, já foi colocada na mesa pelo atual executivo: "A decisão de alienação já tinha sido veiculada, até hoje era quase um desabafo. Hoje, depois disto tudo, é um desígnio", disse.
De forma a justificar aquela decisão, o autarca apontou que uma obra orçamentada em 65 milhões de euros já obrigou a gastar 165 milhões, entre derrapagens e condenações judiciais, sendo que a fatura pode ainda não estar finalizada, uma vez que a autarquia já foi condenada em duas instâncias ao pagamento de mais 10 milhões de euros por obras a mais (aguarda-se decisão do Supremo Tribunal Administrativo), correndo ainda uma outra ação judicial na qual o arquiteto da obra, Souto Moura, exige o pagamento de mais 4 milhões de euros pelo projeto.
Aquando da entrega à UEFA do dossiê de candidatura à organização do Euro2004, o valor previsto para o estádio era de 32,4 milhões de euros. Quando o projeto foi adjudicado ao agrupamento de empresas
ASSOC-Soares da Costa e empreiteiros locais, o valor era já de 43,8 milhões, subindo depois para 65 milhões. As derrapagens nos custos e as expropriações elevaram a fatura, aos quais se somam ainda juros e indemnizações.