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Benfica-FC Porto: O clássico do tudo ou nada
Esta sexta-feira, no Estádio da Luz, não vai haver tempo para romantismos. Nem o Benfica nem o FC Porto querem apenas jogar melhor do que o adversário: desejam ganhar. Por razões diversas, é claro.
O Benfica porque conseguiu, depois de um início de época titubeante, em que ninguém acreditava que pudesse competir com a fúria de Jorge Jesus no Sporting e com uma equipa carregada de craques no FC Porto. Rui Vitória vacilou mas não caiu. E hoje o Benfica está no topo da classificação com os mesmos pontos do Sporting e com um ataque concretizador como não se via há muito. A desvalorização que Jesus fez de Rui Vitória caiu por terra.
O Benfica conseguiu aliar o equilíbrio do meio-campo, a tensão defensiva e os detalhes tácticos com um ataque demolidor. Para isso contou a entrada de Renato Sanches na equipa, que deu profundidade e segurança ao centro de gravidade da equipa. E, depois, há Gaitán para desequilibrar, Pizzi para dar consistência, e Jonas e Mitroglou para marcar golos. Foi assim que o pessimismo dos adeptos deu lugar ao optimismo. E este jogo com o FC Porto vai ser um tira-teimas: como se comporta esta equipa contra ossos mais duros de roer?
O que sobra neste momento em confiança ao Benfica falta ao FC Porto. Depois da desastrada presença de Julen Lopetegui, que nunca conseguiu fazer de uma matéria-prima notável uma equipa, retirando-lhe confiança e raça, José Peseiro agarra nos destroços. Não é uma tarefa fácil, como se viu na desastrada derrota caseira com o Arouca que não pode ser explicada apenas por um erro de arbitragem. Peseiro joga, na Luz, o futuro do FC Porto nesta temporada: se perder arrisca-se a ver o título por um monóculo embaciado. Se ganhar, renasce. E poderá lutar, pelo menos, por um lugar na Liga dos Campeões, para além de se reconciliar com os adeptos. Será, para os dragões, o clássico do tudo ou nada.
Quem ganhará? As equipas equivalem-se em valores e serão, muito provavelmente, as personalidades a decidir. E também o controle do meio-campo será fulcral: irão Renato Sanches e Samaris (com Pizzi), secar André André, Danilo e Herrera? E vice-versa? E como se comportarão os centros das defesas, fragilizados por faltas que marcam (Luisão e Lisandro, no Benfica; Marcano e o afastado Maicon no FC Porto)? Os "matadores" estarão de ponta afinada? E como será o duelo entre Gaitán e Maxi Pereira? Será um clássico tempestuoso, dentro e fora do relvado. Mas vai, por certo, marcar esta temporada.
Renato Sanches: deu tranquilidade e raio de acção ao meio-campo. Respira confiança.
Gaitán: o desequilibrador genial.
Jonas: o goleador que, às vezes, apaga-se nos grandes jogos.
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Jardel: com o jovem Lindelof ao lado, o central será mais permeável. Falta-lhe Lisandro ou Luisão.
Eliseu: nem sempre o defesa esquerdo consegue acompanhar a velocidade do jogo.
FC Porto
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Layun: o lateral tem sido uma das pedras fundamentais da equipa. Excelente nas assistências.
André André: um dos pulmões do meio-campo. Costuma ser o desestabilizador das defesas adversárias.
Brahimi: é um artista dotado como poucos e muitas das soluções do FC Porto passa pelos seus pés.
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Martin Indi: Sem Maicon e Marcano, resta o jovem Chidozie para lhe fazer companhia. Tremerá?
Casillas: Está longe de ser o guarda-redes de outros tempos. Por vezes erra de forma comprometedora.
Hoje é dia de Clássico no Estádio do Sport Lisboa e Benfica!There is a classic matchup today!#Juntos #SejaOndeFor
Publicado por Sport Lisboa e Benfica em Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2016
Dia de clássico! / Matchday! / ¡Hoy es dia de clásico!Benfica-#FCPorto, 20h30 (GMT)#SLBFCP
Publicado por FC Porto em Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2016