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Teixeira Duarte reduz prejuízos nos primeiros nove meses
A construtora liderada por Pedro Teixeira Duarte reportou prejuízos de 11 milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, contra perdas de 26,2 milhões no período homólogo de 2016.
O resultado líquido atribuível a detentores de capital da Teixeira Duarte nos primeiros nove meses do ano foi negativo em 11,066 milhões de euros, o que significa uma diminuição de 57,9% do prejuízos face ao mesmo período do ano passado - quando contabilizou perdas de 26,259 milhões de euros.
Este indicador foi influenciado pelas diferenças de câmbio, que em Setembro de 2017 foram negativas no valor de 878 mil euros, enquanto no período homólogo de 2016 tinham sido negativas em 24,688 milhões de euros, sublinha a construtora liderada por Pedro Teixeira Duarte (na foto) no relatório e contas divulgado junto da CMVM.
A contribuir para este resultado, acrescenta o documento, esteve também o impacto negativo, líquido de impostos diferidos, da perda, no montante de 4,972 milhões de euros, por imparidade na participação no BCP nos primeiros nove meses de 2017 – quando entre Janeiro e Setembro de 2016 o impacto apurado era de 16,161 milhões de euros.
O indicador foi também influenciado pela alienação de direitos de subscrição de aumento de capital do BCP, no montante de 6,005 milhões de euros", refere o relatório e contas.
Também os resultados financeiros melhoraram, apesar de continuarem a ser negativos. Passaram de um valor negativo de 96,8 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2016 para 83,2 milhões de euros negativos entre Janeiro e Setembro deste ano.
Já os indicadores operacionais estiveram em queda. Os proveitos operacionais da construtora desceram 10,7% para 770,8 milhões de euros e o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 122,88 milhões de euros, uma quebra de 183% face aos 149,85 milhões um ano antes.
Por seu lado, o volume de negócios ascendeu a 739,25 milhões de euros, também menos 10,7% quando comparado com o mesmo período do ano passado.
Nesta rubrica das receitas, em Portugal, registou-se um aumento de 1,615 milhões de euros face a Setembro de 2016, "o que se considera muito positivo, tendo em conta que em Março de 2017, o grupo alienou uma participação que detinha em entidades no sector da energia, a qual estava integrada no perímetro de consolidação e tinha contribuído com 12,715 milhões para o volume de negócios apurado em Setembro do ano passado" e atendendo também a que, em Julho de 2017, o grupo alienou a participação na Recolte, S.A., incluindo a sua participada a 100% Recolte (Porto), S.A., as quais integraram o perímetro de consolidação até Junho de 2017 e tinham contribuído com 3,47 milhões de euros para o volume de negócios entre Julho e Setembro de 2016.
Os outros mercados, que representavam 83,8% deste indicador em Setembro do ano passado, desceram globalmente 13,1%, passando a representar 81,6% do total do volume de negócios da Teixeira Duarte.
Relativamente apenas ao terceiro trimestre, o grupo registou lucros de 1,63 milhões de euros, uma queda de 79,4% face ao resultado líquido positivo de 7,914 milhões um ano antes.
(notícia actualizada à 01:04)