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Oferta chinesa avalia Lusoponte em mais de 300 milhões

Grupo de construção chinês quer comprar os 7,5% da Teixeira Duarte na Lusoponte, mas os outros accionistas da concessionária terão de decidir se exercem direito de preferência.

A ponte começou a ser construída em 1962 e foi inaugurada a 6 de Agosto de 1966.
Bruno Simão
21 de Junho de 2018 às 21:01
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A oferta que o China Construction Group fez à Teixeira Duarte por 7,5% do capital da Lusoponte avalia a totalidade da concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama em mais de 300 milhões de euros, sabe o Negócios. Desta forma, ultrapassará os 23 milhões de euros a contrapartida que o grupo chinês está disponível para pagar por aquela posição.

A Teixeira Duarte confirmou, em comunicado, que o contrato de promessa de compra e venda foi assinado com a Companhia de Investimento China-Portugal Global, por 23,3 milhões de euros.
 
O valor não difere muito da última transacção envolvendo da Lusoponte que foi divulgada. Em 2008, a Mota-Engil pagou 88 milhões de euros por mais cerca de 25% da empresa (atingindo então os 38%). No entanto, o valor do activo é hoje muito diferente, já que em 2008 faltavam 22 anos de concessão, quando agora faltam apenas 12.

O jornal Expresso avançou que o acordo de compra com a China Construction foi assinado quarta-feira por Pedro Maria Teixeira Duarte e Manuel Teixeira Duarte. No entanto, os restantes accionistas da concessionária ainda terão de ser notificados para decidirem se acompanham a operação.

Os restantes accionistas da Lusoponte – Mota-Engil, Vinci e Atlantia – podem ainda vir a exercer o direito de preferência na proporção da sua participação, assim que sejam notificados pela Teixeira Duarte e conheçam o preço oferecido pelo China Construction Group.

Em comunicado, a Teixeira Duarte confirma que "o contrato prometido está ainda sujeito a autorizações e eventuais exercícios de direitos de preferência".

A Mota-Engil, que tem 38% da concessionária, tem mostrado interesse neste activo, até pela valorização de que pode beneficiar com a construção do aeroporto do Montijo. O mesmo interesse poderá justificar a Vinci, dona da ANA – Aeroportos de Portugal, que pretende avançar com aquela infra-estrutura complementar para aumentar a capacidade aeroportuária da região de Lisboa.

A Teixeira Duarte, que está comprometida com a banca a vender activos no valor de 500 milhões, tinha já estimado alienar este ano o Lagoas Park, os 7,5% que tem na Lusoponte e os 9% que possui na Auto-Estradas do Baixo Tejo. A construtora fechou um acordo de venda de activos com a Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco para reduzir a dívida. No âmbito desse plano, anunciou em Maio passado a venda do complexo de escritórios Lagoas Park, com impacto nos resultados de 25 milhões de euros, ao fundo Kildare.
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