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Licenciamento de casas novas bate recorde de 114 meses

Desde maio de 2010 que não se licenciava tantos fogos habitacionais em Portugal - foram 2.433 em outubro passado, verificando-se um aumento homólogo de 19,6% nos primeiros dez meses deste ano, revela um estudo da Imovendo.

Stringer/Reuters
16 de Dezembro de 2019 às 13:53
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Com o setor da construção a não tirar o pé do acelerador em Portugal, regista-se agora que o mês de outubro passado foi mesmo o mais dinâmico desde há 114 meses, ao registar o licenciamento de 2.433 fogos, o número mais alto desde maio de 2010, revela a consultora imobiliária Imovendo na sua análise mensal de dezembro, a que o Negócios teve acesso.

 

Contabilizando os primeiros dez meses deste ano, regista-se um aumento de 19,6% face ao mesmo período do ano passado.

 

Apesar deste crescimento ter começado no primeiro trimestre de 2016, ressalva a Imovendo, "a recuperação tem sido lenta e, dada a necessidade de construção dos imóveis licenciados, os efeitos sobre a oferta imobiliária só se fazem sentir passados 18 a 36 meses".

 

Daí o aviso da consultora imobiliária para o facto de os 20.100 fogos licenciados já em 2019 "estarem disponíveis no mercado apenas a partir do quarto trimestre de 2020", pelo que, nota, "o seu potencial impacto em termos de descompressão dos valores de mercado nunca será nem imediato, nem total".

 

A Imovendo destaca ainda os "níveis historicamente altos" em que se encontra o índice de confiança na construção, "em linha com o maior dinamismo do licenciamento de novos imóveis".

 

Para isso contribui "o efeito de três expectativas" dos agentes do setor: "O dinamismo económico em Portugal continuar a situar-se, nos próximos tempos, em níveis similares aos atuais; as necessidades habitacionais, que hoje são evidentes (e que pressionam os preços imobiliários no residencial), manterem-se elevadas; e o turismo – força motriz de parte significativa da reabilitação nas malhas urbanas mais consolidadas – também manter os níveis atuais", elenca a mesma consultora imobiliária.

 

No entanto, alerta Manuel Braga, CEO da Imovendo, "nenhum destes pressupostos é hoje garantido, seja pelo impacto do Brexit, seja pela desaceleração que as principais economias europeias evidenciam, seja por um crescente receio quanto à sustentabilidade a prazo do atual modelo de turismo".

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