Notícia
Dívidas a construtoras portuguesas em Angola alarmam FMI
Angola não está a conseguir resolver o problema das dívidas às empresas de construção portuguesas: perdões de dívida elevados e problemas de certificação fragilizam as empresas e preocupam o FMI.
25 de Fevereiro de 2020 às 09:02
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está preocupado com a dívida de Angola a fornecedores externos, entre eles empresas portuguesas do setor da construção, escreve o Público na edição desta terça-feira, 25 de fevereiro.
Na última avaliação às medidas impostas pelo FMI, no âmbito do pedido de assistência financeira feito por Angola em 2018, ficou claro que o país está a ter dificuldades em não acumular dívida a fornecedores externos, o que preocupa os responsáveis do Fundo.
Mas também em pagar a já existente: há empresas portuguesas com faturas por receber e muitas delas têm dificuldades em ver as despesas assumidas e certificadas; outras aceitaram perdões de dívida elevados ('haircuts' superiores a 40%).
"Um país que não paga a sua dívida passa a ter problemas para se financiar", admitiu Marcos Rietti Souto, representante residente do FMI em Angola, na apresentação de um relatório sobre a África Subsaariana.
As dívidas de Angola às construtoras portuguesas rondam os 500 milhões de euros, resultado de um passivo que se acumulou durante décadas.
Na última avaliação às medidas impostas pelo FMI, no âmbito do pedido de assistência financeira feito por Angola em 2018, ficou claro que o país está a ter dificuldades em não acumular dívida a fornecedores externos, o que preocupa os responsáveis do Fundo.
"Um país que não paga a sua dívida passa a ter problemas para se financiar", admitiu Marcos Rietti Souto, representante residente do FMI em Angola, na apresentação de um relatório sobre a África Subsaariana.
As dívidas de Angola às construtoras portuguesas rondam os 500 milhões de euros, resultado de um passivo que se acumulou durante décadas.