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Vendas da IKEA Portugal sobem 14% no ano fiscal terminado em Agosto para 457 milhões

Helen Duphorn, directora-geral da Ikea revelou que a empresa tenciona "aumentar o negócio nos próximos anos" no mercado nacional.

10 de Outubro de 2018 às 12:41
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As vendas da IKEA em Portugal cresceram 14% no ano fiscal terminado em Agosto, face a igual período do ano anterior, para 457 milhões de euros, disse hoje à Lusa a directora-geral da subsidiária portuguesa, Helen Duphorn.

"Tivemos um ano fantástico no ano passado, o nosso negócio cresceu 14% para um nível de vendas de 457 milhões de euros e acho que este crescimento foi possível pela melhoria do clima em Portugal, as pessoas estão a ter mais confiança e também um desejo de melhorar a sua vida do dia-a-dia em casa. A IKEA é uma boa combinação com as necessidades de muitos portugueses em termos de oferta de alta qualidade e 'design' funcional a preços acessíveis", afirmou a directora-geral.

Questionada sobre o plano de expansão no mercado português, Helen Duphorn, que assumiu o cargo de directora-geral em Setembro do ano passado, afirmou: "Acreditamos em Portugal e planeamos aumentar o negócio nos próximos anos".

Mas, "actualmente, estamos a avaliar e a acompanhar o comportamento dos clientes e os seus desejos em como comprar e quando comprar, por isso, se os nossos clientes preferirem ir às nossas lojas, construiremos novas lojas; se mais portugueses escolherem comprar 'online', iremos construir esse canal de vendas", acrescentou.

"Estamos já a vender 'online' e estamos a construir os canais e as ferramentas para oferecer a melhor experiência aos nossos clientes, iremos seguir os clientes muito de perto e assegurar que estamos onde os clientes querem que estejamos", disse.

No ano fiscal terminado em Agosto, o peso do comércio electrónico nas vendas era de cerca de 2,8%.

Relativamente a objectivos da IKEA para Portugal, Helen Duphorn adiantou que o grupo não fala sobre metas de longo prazo.

"Mas de certeza que o nosso negócio em Portugal tem muito boas possibilidades de crescer, pessoalmente considero que num prazo de 10 anos, mais ou menos, poderemos dobrar as vendas aqui", apontou.

Desde 2004, a IKEA investiu em Portugal mais de 844 milhões de euros, o que inclui as cinco lojas, os investimentos nas energias renováveis, entre outros.

A nível global, as vendas atingiram 34,1 mil milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 4,7% ajustada do impacto cambial.

A IKEA, que opera na área do mobiliário e decoração, é também conhecida pelas suas responsabilidades no que respeita à sustentabilidade.

"Na IKEA temos fantásticas possibilidades de estimular e inspirar os nossos clientes a viverem de uma forma mais sustentável em casa. Luz LED, tipos de poupança de água e, não menos importante, economizar comida através do uso de recipientes inteligentes e bons para reduzir o desperdício alimentar, que é um grande problema nos lares em todo o mundo. Acreditamos que podemos ter um exponencial impacto em todos os nossos clientes através da oferta de produtos que fazem a sua vida no lar mais sustentável", disse.

"Mas também sentimos uma grande responsabilidade social onde quer que operemos e aqui, em Portugal, temos um número de projectos onde estamos activos localmente com as comunidades. Temos também como exemplo o apoio dado às vítimas dos terríveis incêndios em Portugal, ambos em termos de apoio aos bombeiros como também na reconstrução de casas para permitir às pessoas que perderam tudo voltar para uma melhor situação", prosseguiu a directora-geral.

Com 2.500 trabalhadores em Portugal, a IKEA investe nos seus colaboradores, nas suas competências e nas suas possibilidades de desenvolvimento.

"Temos muitos colegas da IKEA Portugal que estão a trabalhar em outras zonas geográficas do grupo, tendo fantásticas possibilidades de fazer uma carreira dentro e fora de Portugal e estamos muito orgulhosos deles", salientou.

No que respeita a igualdade de género, um "tópico muito importante para a IKEA", a directora-geral adianta que em termos globais existe paridade "nas posições de liderança", tal como em Portugal.

"O assunto de género vai mais além da questão de números, é sobre assegurar que temos um bom ambiente de trabalho em todos os níveis, em termos de organização, que estimule e inspire ambos, homens e mulheres, em ficar na empresa, exemplos como não organizar reuniões à noite, respeitando a família, as necessidades das crianças, e que cuide bem dos pais quando estes têm crianças pequenas e compreender que têm de ter uma vida laboral equilibrada", concluiu a responsável.
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