O grupo Sonae abriu, em Dezembro passado, um "entreposto de ecommerce na área de Lisboa" para a sua divisão alimentar (Sonae MC), descreve a gestão no comunicado de apresentação das contas divulgado esta quarta-feira, 20 de Janeiro, após o fecho do mercado.

Ao Negócios, Luís Reis, Chief Corporate Center Officer (CCCO) da "holding" de distribuição, telecomunicações, media e imobiliário, adiantou que a nova unidade de distribuição se situa em Telheiras, perto do hipermercado Continente, e que se encontra ainda numa "fase ‘soft launch’, a servir os primeiros clientes".

"A ideia", explicou "é servir a partir dali os clientes da região de Lisboa e, correndo bem, vir a estender aquela versão também para o Porto". "Como Lisboa é o local onde temos mais clientes e onde os clientes estão mais concentrados", é a região, por agora, "onde faz mais sentido - para melhorar o serviço que prestamos a esses nossos clientes - apostar numa infra-estrutura logística totalmente dedicada a melhorar o serviço aos clientes de ecommerce".

Para Luís Reis, a nova unidade "é uma evolução natural do ecommerce do Continente". "O Continente lidera o mercado em ecommerce alimentar", afirmou, "e quer continuar a fazê-lo - quer continuar a distinguir-se por oferecer aos clientes Continente o melhor serviço. E o melhor serviço em ecommerce é ser capaz de chegar ao cliente com melhores preços, com a melhor variedade. Mas, também, no caso do ecommerce, é preciso chegar lá com poucas, quase nenhumas rupturas, a horas e com várias janelas de entrega". "E, para isso", conclui o gestor, "nós precisamos de modelos de negócio diferentes – precisamos de ter estruturas logísticas mais próximas dos consumidores".

Até porque a ambição da Sonae para o Continente online ainda não está esgotada. "Se a pergunta é se nós temos a ambição de transformar o nosso website Continente num marketplace, a resposta é sim", responde. "Já o temos vindo a fazer. Já temos dado sinais disso, quando fazemos campanhas de vendas de livros escolares, de bilhética, ou de malas".

"Estamos a alargar para negócios que tipicamente não são o negócios alimentar daquele site e a alargar o âmbito do site, como com a própria Well’s [parafarmácias do grupo] e produtos para casa", acrescenta.

"Claramente há uma estratégia de progressivamente, com calma, de transformar o website Continente num marketplace – num local onde as pessoas s podem abastecer de produtos distintos" aos tradicionais que o Continente costuma oferecer, reconhece.