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Pingo Doce não prevê que greve tenha impacto nas suas lojas

A dona do Pingo Doce não espera que a greve agendada para 24 de Dezembro pelos trabalhadores dos supermercados leve ao encerramento de lojas ou “a qualquer perturbação” nas suas operações.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 12 de Dezembro de 2018 às 13:20
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A Jerónimo Martins acredita que a greve agendada pelos trabalhadores dos supermercados para dia 24 de Dezembro não vai ter impacto nas suas lojas.

"Não esperamos que alguma loja esteja encerrada ou qualquer perturbação nas nossas operações em resultado deste movimento", disse à Bloomberg fonte oficial da dona do Pingo Doce.

A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos sublinhou ainda que a cadeia de supermercados Pingo Doce "tem vindo a aumentar os salários e a implementar programas de responsabilidade social para os seus funcionários".

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) anunciou na terça-feira que avançou com um pré-aviso de greve para o dia 24 de Dezembro, véspera de Natal.

Em comunicado, a estrutura explicou que na base desta decisão está o falhanço das negociações com as empresas representadas pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que já se arrastam há algum tempo.

Segundo o CESP depois de "26 meses de negociação, a "Sonae, Pingo Doce/Jerónimo Martins, Auchan, Lidl, Dia/Minipreço, El Corte Inglés e muitas outras, continuam a não apresentar propostas de verdadeiro aumento dos salários e correcção das injustiças e discriminações existentes".

A estrutura sindical alega mesmo que, "pelo contrário, continuam a querer reduzir o valor do trabalho extraordinário e desregular ainda mais os horários de trabalho com a introdução do banco de horas no CCT [Contrato Colectivo de Trabalho]", segundo o comunicado emitido pelo CESP.

Em declarações à Lusa, o director-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, explicou que "o processo é longo, são matérias difíceis e tem havido progressos. Não é fácil, sobretudo se tivermos em conta que há um enquadramento neste momento em Portugal que provoca algum distúrbio, como o anúncio do salário mínimo para 2019", acrescentou.

Gonçalo Lobo Xavier disse ainda que houve "um encontro no Ministério do Trabalho e os sindicatos manifestaram o seu descontentamento com a proposta avançada [pela APED]".

Agora, ficou marcada uma nova reunião para o dia 21 de Janeiro, mas o mesmo dirigente associativo não excluiu que sejam encetadas negociações não oficiais para tentar evitar a paralisação, segundo a Lusa.

 

 

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