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Peras e maçãs podem faltar nos supermercados do Reino Unido

Produtores plantaram menos árvores. Consumidores arriscam enfrentar falhas nos próximos meses.

O Reino Unido já enfrenta uma escassez de tomates, alfaces e pimentos, tendo imposto racionamento aos consumidores Neil Hall/EPA
26 de Fevereiro de 2023 às 13:38
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Depois de terem racionado os pimentos, tomates e alfaces, os supermercados britânicos arriscam agora enfrentar uma escassez de peras e maçãs nas prateleiras.

Segundo o Guardian, os produtores britânicos plantaram menos um terço das árvores necessárias para manter os pomares, alegando que os valores pagos pelas cadeias de distribuição são muito baixos para os encargos que suportam. Por isso, nos próximos meses os consumidores arriscam ter de lidar com falhas no abastecimento destas duas frutas.

Ali Capper, responsável máximo da associação comercial que representa os produtores de perãs e maçãs no Reino Unido e que engloba 80% da indústria, adiantou ao Guardian que têm de ser plantadas a cada ano um milhão de novas árvores para manter os cerca de 5.500 hectares de produção do Reino Unido.

Este ano, os agricultores tensionavam encomendar apenas 480.000 macieiras e pereiras, mas o número acabou por ser ainda mais reduzido, para 330.000. Ali Capper explicou ao jornal britânico que a principal razão para este a falta de investimento foram "os retornos do supermercado que são insustentáveis".

A Grã-Bretanha estava já a enfrentar escassez de vários itens de alimentos frescos, o que levou marcas de supermercados como a Tesco, Asda ou Aldia limitarem as compras por consumidor, nomeadamente de tomates, pepinos e pimentos.

Essa escassez foi desencadeada pelo frio em Espanha e no norte da África que atingiu a produção. As estufas de Almeria, por exemplo, foram afetadas por este fator. Além disso, produtores britânicos e holandeses também cortaram o fornecimento ao país, já que os supermercados não pagaram o aumento do custo de aquecimento dos espaços de produção.

O Guardian adianta também que outro dos fatores apontados para as maiores dificuldades da Grã Bretanha no abastecimento de produtos frescos é o Brexit, que passou a colocar o país no "fundo da fila" para os exportadores dos restantes países.
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