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Pandemia atira El Corte Inglés para perda recorde de 3 mil milhões em 2020

A pandemia impactou fortemente os números do retalhista espanhol que apresentou prejuízos pela primeira vez e as receitas mais baixas desde o ano 2000. Nas vendas, um dos maiores impactos foi sentido na agência de viagens.

Bloomberg
04 de Junho de 2021 às 12:47
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O El Corte Inglés, conhecido retalhista espanhol também presente em Portugal, registou perdas históricas a longo do ano de 2020 calculadas em cerca de 3 mil milhões de euros. A pandemia é a grande culpada do primeiro resultado negativo na história da empresa, que esteve praticamente encerrada durante dois meses.

Para o prejuízo assinalável contribuem ainda as provisões, a depreciação de alguns ativos, avaliada em 2.500 milhões de euros, e as medidas restritivas aplicadas durante o resto do ano que condicionaram as vendas. Sem estas perdas extraordinárias, os prejuízos seriam contidos em cerca de 445 milhões, avança a publicação espanhola Cinco Dias.

Segundo o que o retalhista explicou ao órgão espanhol, destes 2.500 milhões, quase 2.100 milhões de prejuízos prendem-se com a  depreciação dos seus centros comerciais "mais afetados pelas alterações nos hábitos de consumo face à compra omnicanal" motivados pela pandemia.
 
Foi essa alteração nos padrões de consumo que, face às adversidades, permitiu ao El Corte Inglés faturar mais 132% nas vendas online, face aos valores de 2019. O canal passou assim a representar 17,3% das receitas do grupo, faturando 1.800 milhões de euros.

Ainda assim, as vendas do grupo caíram 31,6% para os 10.432 milhões de euros - o valor mais baixo desde, pelo menos, 2000. Os maiores impactos vieram do setor comercial, com uma quebra de 19% das receitas, e a agência de viagens que faturou menos 88%.

O El Corte Inglés terminou o exercício de 2020, contudo, com um EBITDA positivo de 141,73 milhões de euros, mas 88% inferior ao registado no ano anterior.
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