Notícia
Mercadona faturou 32 milhões de euros no ano de estreia em Portugal
Com dez supermercados de portas abertas deste lado da fronteira, onde já emprega quase mil pessoas, a retalhista espanhola trabalha com três centenas de fornecedores nacionais e pagou 11 milhões em impostos em 2019.
As primeiras dez lojas da Mercadona em Portugal geraram um volume de negócios de cerca de 32 milhões de euros em 2019, segundo os dados avançados esta terça-feira, 10 de março, durante a apresentação de resultados da retalhista espanhola.
Vila Nova de Gaia (Canidelo e Mafamude), Matosinhos, Maia, Gondomar, Porto, Barcelos, Braga, Ovar e São João da Madeira foram as primeiras cidades portuguesas a receber supermercados da empresa de Valência. A nível global, noticia o Expansión, as vendas aumentaram 5%, para 25.500 milhões de euros, e os lucros ascenderam a 623 milhões de euros.
Em 2020, a companhia prevê inaugurar mais uma dezena de unidades deste lado da fronteira, naquela que é a primeira experiência internacional da líder de mercado em Espanha. Paços de Ferreira, Aveiro (Matadouro e Silva Rocha), Trofa, Águeda, Penafiel, Santo Tirso, Ermesinde e Viana do Castelo são as localizações confirmadas.
Em 2021 estima abrir mais uma dezena de lojas, ainda sem detalhes sobre as datas ou as cidades envolvidas no plano de expansão. Porém, já foi anunciada a construção de um bloco logístico perto de Lisboa, que será totalmente automatizado e de maiores dimensões do que aquele que tem a funcionar na Póvoa de Varzim, preparando desta forma a chegada à capital e à zona sul, o que está previsto acontecer apenas em 2022.
"Qualquer elefante quando nasce é pequeno. (…) Estamos muito satisfeitos, aprendemos muito em Portugal", referiu esta manhã o presidente da Mercadona. Citado pelo Dinheiro Vivo, Juan Roig calculou que a sociedade constituída para operar no mercado português (Irmãdona) suportou e cobrou 11 milhões de euros em impostos. As compras a perto de três centenas de fornecedores nacionais rondaram os 217 milhões de euros no último exercício.
Como o Negócios noticiou, cerca de nove meses após abrir o primeiro supermercado no país, a retalhista "continua o trabalho de adaptação" ao país. Depois de acertar o cabaz de produtos à venda, incluindo o alargamento da gama de artigos espanhóis, em resposta ao pedido dos clientes nas lojas e nas redes sociais, também está a ajustar os preços à realidade nacional.