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Sede da Mercadona em Portugal pode galgar o Douro
Instalada no Porto desde 2017, a retalhista espanhola construiu um edifício de escritórios junto à nova loja de Gaia. O autarca anunciou a mudança da sede, mas a empresa diz que “por enquanto não está nada decidido".
A gigante do retalho liderada por Juan Roig contabiliza já mais de 1.100 trabalhadores em Portugal, que, além de assegurarem as dez lojas abertas em 2019, estão ao serviço também no bloco logístico na Póvoa de Varzim, no Centro de Coinovação em Matosinhos e nos escritórios do Porto e de Lisboa.
Os primeiros funcionários portugueses começaram a instalar-se no início de 2017 nos escritórios centrais localizados na Rua do Pinheiro Manso, num edifício com uma área total de 1.600 metros quadrados, arrendado na zona da Boavista pela empresa originária de Valência (Espanha).
Por agora "precisar de mais espaço", com destaque para as equipas administrativas e financeiras, a Mercadona avançou para a construção de um bloco de escritórios em Vila Nova de Gaia, integrado na unidade comercial aberta na freguesia de Mafamude (Av. Dom João II), um projeto em que investiu um total de 17 milhões de euros.
No entanto, contrariando o anúncio feito há dois meses pelo autarca socialista Eduardo Vítor Rodrigues, no final de uma reunião de Câmara, relativo à mudança da sede da sociedade portuguesa Irmãdona para aquele município a sul do Douro, a porta-voz, Elena Aldana, assegurou ao Negócios que "no futuro [será visto] o tema da sede social, mas por enquanto não está nada decidido".
Vila Nova de Gaia (Canidelo e Mafamude), Matosinhos, Maia, Gondomar, Porto, Barcelos, Braga, Ovar e São João da Madeira foram as primeiras cidades portuguesas a receber supermercados da empresa que lidera o mercado no país vizinho. Em 2020 está prevista a abertura de mais dez unidades na região norte, estando já a recrutar para várias posições em Aveiro (duas lojas), Santo Tirso, Penafiel, Trofa e Ermesinde (Valongo).
Como o Negócios noticia esta quarta-feira, 8 de janeiro, a marca espanhola está a fazer um "ajuste de preços" nas lojas de Portugal, prosseguindo o "trabalho de adaptação" ao país ao fim de cinco meses de contacto direto com os consumidores deste lado da fronteira.