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Lucro da Jerónimo Martins desce 43% até Setembro

A Jerónimo Martins terminou os primeiros nove meses do ano com um lucro de 285 milhões de euros, menos 43% do que há um ano.

A melhoria da economia polaca deverá continuar a beneficiar a Jerónimo Martins, nomeadamente na evolução das receitas este ano, embora o aumento da concorrência represente um factor negativo. O CaixaBI tem uma recomendação de 'neutral' para a cotada, que tem na Colômbia o seu principal potencial de valorização.
Ricardo Castelo
25 de Outubro de 2017 às 17:13
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A Jerónimo Martins terminou o terceiro trimestre do ano com um resultado líquido acumulado de 285 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 43% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Os números ficaram em linha com o estimado pelos analistas do CaixaBI que previam um lucro de 292 milhões de euros.

Excluindo o impacto da Monterroio, subsidiária que vendeu em 2016 por 310 milhões de euros, os resultados cresceram 7,1%, de acordo com os números divulgados esta quarta-feira, 25 de Outubro, pela retalhista, em comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As vendas consolidadas da empresa liderada por Pedro Soares dos Santos (na foto) cresceram 11,1% para 11,9 mil milhões de euros, uma performance impulsionada, mais uma vez, pela actividade na Polónia onde opera através da Biedronka.

Ao nível do LFL (like-for-like, ou seja, crescimento das vendas nas lojas que operaram sob as mesmas condições), a evolução situou-se em 6,6% de Janeiro a Setembro, impulsionado "pelos fortes desempenhos da Biedronka e Recheio e pela resiliência do Pingo Doce".

O EBITDA, seguiu a mesma tendência positiva, tendo crescido 6,7% para 669 milhões de euros.

Analisando os dados por insígnia, a Biedronka registou um aumento de 13,1% das vendas para 8,1 mil milhões de euros.

Nos primeiros nove meses do ano a Jerónimo Martins abriu 46 lojas na polónia, com a insígnia Biedronka, e remodelou um total de 150 espaços.

A Hebe, a rede de parafarmácias que detém no mercado polaco, também registou um aumento de 36% das vendas para 115 milhões de euros. No final de Setembro, a rede contava com 166 espaços, mais 14 face ao mesmo período do ano passado.

Em Portugal, as vendas do Pingo Doce subiram 2,4% para 2,7 mil milhões de euros e as do Recheio 7,6% para 713 milhões de euros.


A facturação da Ara, insígnia do grupo para as operações na Colômbia, cresceu 36%para 289 milhões de euros.

Nos primeiros nove meses do ano o grupo investiu um total de 422 milhões de euros, dos quais 40% direccionados para a Briedronka e 27% canalizados para a Ara.


"Concluídos nove meses de um ano exigente e desafiante, e em resultado da priorização absoluta das vendas, todas as nossas insígnias reforçaram as suas quotas de mercado, com destaque para o forte desempenho da Biedronka", refere Pedro Soares dos santos, no mesmo comunicado. "A gestão rigorosa do sortido permanente em conjugação com a dinâmica promocional e de ofertas temporárias permitiu à nossa cadeia reforçar a sua liderança do retalho alimentar na Polónia", acrescenta.

Sobre Portugal, o presidente e administrador-delegado do grupo sublinha que "mesmo sofrendo o impacto da deflação registada na categoria de frutas e legumes, o Pingo Doce manteve a robustez da sua posição de mercado. O terceiro trimestre foi também positivo para o Recheio, que soube capturar as oportunidades e vantagens de um canal HORECA [Hotéis, Restaurantes e Cafés] revitalizado".


(Notícia actualizada às 17:50 com mais informação)
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