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Lojistas apelam a repartição de sacrifícios com os proprietários

A associação realça que "não coloca em causa as decisões relativas à saúde pública", e é neste sentido que sugere nova legislação como o próximo passo para apoiar um setor que já fez "investimentos elevados montantes para a assegurar que os seus espaços são seguros".

Miguel Baltazar/Negócios
22 de Junho de 2020 às 17:49
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A Associação de Marcas de Retalho (AMRR) e de Restauração defende que, face às novas medidas de contenção em Lisboa anunciadas pelo Governo, torna-se urgente pensar em legislação que apoie os lojistas, no sentido de repartirem custos com os proprietários.

 

"É urgente haver legislação que regule as rendas, em particular dos Centros Comerciais, sob pena de virmos a assistir a um desastre económico no retalho, com fechos de lojas e muito desemprego", defende o presidente da AMRR, Miguel Pina Martins (na foto), numa nota à imprensa na qual apela a "uma justa repartição de sacríficos entre os proprietários e os lojistas".

Esta comunicação surge na sequência do anúncio do Governo, que dá conta que vai voltar a impor regras mais apertadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, sobretudo nas 15 freguesias mais afetadas pela pandemia da covid-19, que entram em vigor já à meia-noite: os ajuntamentos voltam a estar limitados a 10 pessoas e todos os estabelecimentos, à exceção dos restaurantes, ficam com horários limitados até às 20 horas.

 

A associação realça que "não coloca em causa as decisões relativas à saúde pública", e é neste sentido que sugere nova legislação como o próximo passo para apoiar um setor que já fez "investimentos elevados montantes para a assegurar que os seus espaços são seguros".

 

Além destes investimentos, Pina Martins faz ainda referência a quebras de vendas na ordem dos 40% verificadas nas últimas três semanas, isto é, desde a abertura pós-confinamento. A análise contou com dados recolhidos em mais de 2.000 lojas de associados da AMRR, de norte a sul do país.

 

"Apesar das promoções que os lojistas estão a fazer, ainda é notória a fraca adesão dos consumidores às lojas. Estes dados reforçam a crise que ainda estamos a viver", assinala o presidente da AMRR.

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