Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Lego prevê crescimento de vendas apesar de aumento dos custos

Ainda que os lucros da empresa tenham abrandado nos primeiros seis meses do ano, o CEO da fabricante de brinquedos acredita que empresa vai alargar a sua quota de mercado.

02 de Outubro de 2022 às 15:00
  • ...
A atual situação económica, onde reina a elevada inflação, levou muitas empresas a reduzirem as perspetivas de crescimento para o ano. Mas esse não é o caso da Lego que, segundo o CEO, Niels B. Christiansen, prevê aumentar a sua quota de mercado até ao final do ano. 

A fabricante de brinquedos dinamarquesa, que apresentou esta semana resultados, viu um aumento das receitas de 17% na primeira metade do ano. Já os lucros caíram cerca de 2% face ao mesmo período do ano anterior.


"Atravessámos alguns períodos de incerteza, como a guerra na Ucrânia, a covid-19, a China e o aumento dos custos", justificou o responsável em declarações ao Financial Times.

Os lucros da empresa estabilizaram nos 7,9 mil milhões de coroas dinamarquesas (o que equivale a 1,06 mil milhões de euros) na primeira metade do ano, o que se deveu, em parte, ao aumento dos investimentos em produtos digitais, à maior aposta na sustentabilidade e ao aumento dos preços de energia.

No ano anterior, a empresa tinha visto os resultados mais do que duplicarem, tendo cimentado o seu lugar na indústria tanto em percentagem de vendas, como em lucros. Apesar de no ano passado e na primeira metade deste ano ter hesitado em subir os preços dos seus conjuntos de brinquedos, a Lego avançou com a decisão em agosto, sobretudo nos produtos destinados a consumidores mais velhos, explicou o líder da empresa.

Agora, apesar da situação atual, a empresa acredita que haverá uma normalização da taxa de crescimento. 

"Tivemos uns três, quatro anos inacreditáveis onde basicamente duplicamos a empresa. Não sou alheio ao facto de algumas pessoas falarem de um ambiente económico mais complicado. Mas também acredito que as bases que nos levam a alargar a nossa quota de mercado são sustentáveis", acrescentou.

A dinamarquesa, que ainda é detida pela família fundadora e tem sede em Billund, ambiciona remover o uso de sacos plásticos dos seus conjuntos até 2025. Nos próximos meses, a empresa quer introduzir o uso de embrulhos de papel.

Em termos de mão-de-obra, o objetivo é triplicar o número de engenheiros de software até ao final de 2023, enquanto continua a dar passos no mundo digital, como o metaverso.

Empresas concorrentes, embora de dimensão mais pequena, como a Hasbro e a Mattel, viram um aumento das receitas em 2% e 20% para 2,5 mil milhões de euros e 2,3 mil milhões de euros, respetivamente.  

Ver comentários
Saber mais Lego Niels B. Christiansen economia (geral) empresas
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio