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La Redoute anda há 10 anos a "vestir" casas. Aposta vale dois terços das vendas em Portugal

A La Redoute entrou em 1988 nas casas dos portugueses com catálogos de moda de mais de 800 páginas. Hoje vive apenas no mundo digital, está focada no segmento casa e a desenvolver um canal vocacionado para profissionais, como hotéis. Vendas globais em Portugal superam Espanha ou Itália.

Paulo Pinto é o CEO da La Redoute em Portugal. Luís Manuel Neves
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A La Redoute começou a "vestir" casas  há uma década, mas com a pandemia tornou o segmento de decoração e mobiliário no seu "principal eixo de atuação", o qual já representa mais de dois terços das vendas em Portugal.

Mas a marca de origem francesa, que entrou nos lares dos portugueses, em 1988, com catálogos de mais de 800 páginas, quer mais. "A La Redoute desenvolveu uma ligação emocional muito forte em Portugal através da moda", pelo que "o desafio é a conseguir alargar essa notoriedade e meter na mente dos consumidores que decoração da casa e mobiliário é na La Redoute", diz o CEO em Portugal, Paulo Pinto.

Além disso, a La Redoute encontra-se "a desenvolver um canal 'business'" para servir de "apoio a profissionais, como arquitectos ou decoradores, e a hotéis e unidades de alojamento local", afirmou Paulo Pinto, durante um almoço com jornalistas, esta semana, num hotel em Lisboa que "não foi escolhido ao acaso". "Vão trabalhar connosco, ter uma coleção para mostrar que, atráves das nossas linhas de interiores correspondemos a diferentes ambientes e a diferentes porta-moedas".

"Estamos hoje num paralelo de evoluir entre o B2B [business-to-business] e o B2C [business-to-consumer] e acreditamos muito no nosso design para corresponder a projetos B2B", realça o mesmo responsável, dando conta de que o novo canal, que requer "uma exigência profissional diferente", apresenta "já um volume de vendas muito interessante". Tanto que Portugal, onde "pesa 15% no negócio", é "o segundo país do grupo com mais vendas em B2B, ficando apenas atrás da França", enfatiza.

Em termos globais, o desempenho de Portugal, onde emprega direta ou indiretamente 200 pessoas, também não desilude. Embora sem revelar números concretos, Paulo Pinto adianta que Portugal vende mais do que Espanha ou Itália, ficando atrás de França, Suíça, Reino Unido e Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo). Rússia e Alemanha completam a lista de mercados da La Redoute, detida a 100% pelas Galerias Lafayette.

A aventura pela casa teve início, em 2014, com a criação da marca La Redoute Intérieurs, vocacionada para o "mass market", que foi "crescendo devagar", mas que ganha grande relevância com a chegada da pandemia. "A covid fez-nos repensar as nossas casas. Foi aí que as vendas deste segmento [que inclui também a AM.PM, insígnia "premium"] cresceram fortemente levando a La Redoute a decidir que seria o seu principal eixo de atuação", contextualiza.

Apesar da aposta no segmento de decoração e casa, o CEO da La Redoute em Portugal garante que a moda não vai desaparecer da oferta da La Redoute. "Não estamos, de todo, a a pensar acabar com essa parte, mas a preponderência é menor". "Não podemos ir a todas, o mercado evoluiu muito. Nós somos criadores e no têxtil era difícil mantermos isso" face à mudança de paradigma que outros "players" vieram trazer, justifica o mesmo responsável.

No entanto, ressalva, "somos uma marca que se dedica à família", pelo que continuaremos "presentes".

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