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Comprador da Piotr i Pawel será conhecido "em breve". Jerónimo Martins entre os interessados
A dona dos supermercados Biedronka e a francesa Auchan estão na corrida para a compra da polaca Piotr i Pawel. O vencedor poderá ser anunciado esta semana. A imprensa polaca diz que foi a Jerónimo Martins que apresentou a proposta mais elevada. Mas o vice-presidente executivo da empresa nega que já haja qualquer escolha.
O jornal Glos Wielkopolski noticiou que a Jerónimo Martins apresentou a proposta mais elevada para comprar a rival polaca Piotr i Pawel. A informação foi recolhida junto de fontes não identificadas. O vice-presidente da empresa nega a informação, admitindo apenas que estão a decorrer negociações.
Na corrida à compra desta cadeia de supermercados está a Jerónimo Martins e o grupo francês Auchan, dono dos supermercados Jumbo, tal como foi avançado em Março pelo jornal polaco Rzeczpospolita.
O jornal jornal Glos Wielkopolski adiantava que os gestores da Piotr i Pawel deverão anunciar esta semana quem venceu esta corrida, segundo fontes não identificadas. O jornal dizia que deverá ser mesmo a Jerónimo Martins a escolhida para ficar com as Piotr i Pawel.
Mas o vice-presidente executivo da Piotr i Pawel rejeita este cenário. "Nego que já tenhamos escolhido um comprador e que a Jerónimo Martins tenha entregue a proposta mais elevada. Não significa que não estejamos em negociações", afirmou Robert Krzak à Bloomberg.
O mercado polaco é determinante para as contas da Jerónimo Martins. No ano passado, 68% das vendas da empresa presidida por Pedro Soares dos Santos (na foto) foram obtidas na Polónia. A Biedronka é a grande marca, de retalho alimentar, tendo 2.823 estabelecimentos, a que se junta ainda a Hebe, cadeira de produtos de saúde e beleza.
A empresa iniciou o processo de venda em Dezembro e tem como objectivo conclui a escolha do investidor até ao final de Julho. Em Maio foram entregues as propostas vinculativas.
O presidente executivo da Piotr i Pawel revelou à Bloomberg que o vencedor será anunciado "em breve" e que ainda há vários concorrentes neste processo. "As propostas foram entregues e a decisão deve ser tomada em breve, mas não necessariamente esta semana", adiantou.
Em Março, quando foi noticiado que a Jerónimo Martins estava na corrida a estes activos, o BPI considerou que a operação "seria estrategicamente positiva para a Jerónimo Martins, já que iria aumentar a quota de mercado na Polónia, impedindo outros concorrentes de ganhar escala e permitindo à empresa acelerar o caminho para o segmento de proximidade".
(Actualização: Notícia actualizada às 8:22 com informação do CEO à Bloomberg)