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Dona do Minipreço recruta diretor comercial com "escola Lidl"
Dawid Jaschok junta-se à administração liderada por Karl-Heinz Holland, com quem já tinha trabalhado na cadeia alemã, para "afinar as estratégias comerciais, de marketing e de e-commerce" do grupo Dia.
Dawid Jaschok, que em seis anos ajudou o Lidl a disparar as vendas de 33 para 55 mil milhões de euros e a entrar em sete novos mercados europeus, acaba de ser contratado para a direção comercial do Grupo Dia, dono do Minipreço em Portugal, que em maio substituiu toda a administração de topo.
Especializado em logística, vendas e marketing, o gestor de 45 anos junta-se novamente a Karl-Heinz Holland, atual CEO do grupo, com quem já tinha trabalhado na cadeia alemã. Saíram ambos em março de 2014 por divergências "incorrigíveis" com a direção sobre a gestão e a estratégia de futuro.
Numa fase em que a empresa atravessa um processo de reestruturação depois do sucesso da OPA lançada pelo milionário russo Mikhail Fridman, que passou a deter 69,76% do capital, Jaschok irá "afinar as estratégias comerciais, de marketing e de e-commerce" do grupo e "desenvolver um novo formato de retalho que assegure um modelo de negócio futuro sustentável".
Numa nota de imprensa, o grupo informa que o gestor de nacionalidade polaca e alemã, com 19 anos de experiência – e os últimos cinco dedicados a lançar a Konsimo, uma marca de mobiliário e artigos para o lar – será membro do comité executivo da cadeia de supermercados, com responsabilidades comerciais e de marketing sobre os quatro mercados de atuação do grupo: Espanha, Portugal, Brasil e Argentina.
O cenário de um pedido de insolvência e proteção contra credores por parte do grupo retalhista de origem espanhola foi afastado a 20 de maio, com o anúncio de um acordo entre o LetterOne, fundo de Fridman que detém a participação no Dia, e os 17 bancos credores para refinanciar a dívida da rede de supermercados, que estava pendente da aceitação por parte do Santander.
O acordo a longo prazo com os credores, entre os quais também o BBVA, Barclays, Caixa Bank, Deutsche Bank, ING, Postbank, SocGen, Mitsubishi, Bankia e BNP Paribas, garantiu o acesso a 771 milhões de euros de liquidez. Como anunciado no final de junho pelo grupo, este dinheiro poderá ser utilizado nos próximos quatro anos para assegurar a continuação do negócio e o seu reposicionamento para ser competitivo a longo prazo.